Ônibus atropela e mata mulher de 57 anos que caminhava na rua em SP

Na manhã dessa terça-feira (4/2), uma tragédia abalou o Jardim Líbano, na zona norte de São Paulo. Uma mulher de 57 anos perdeu a vida após ser atropelada por um ônibus enquanto caminhava com uma amiga pela Rua José Queiroz dos Santos. O acidente gerou comoção na região e trouxe à tona questões sobre segurança no trânsito em áreas urbanas movimentadas.

O que aconteceu?

De acordo com informações apuradas, a motorista do ônibus afirmou que não viu a pedestre no momento do acidente. Ela relatou ter parado o veículo imediatamente após ouvir um barulho, mas, infelizmente, já era tarde demais. A vítima foi atingida e não resistiu aos ferimentos.

Assim que o atropelamento aconteceu, policiais militares foram acionados para atender à ocorrência. No local, os agentes confirmaram a morte da mulher e isolaram a área para a realização da perícia.

Detalhes da investigação

A motorista do ônibus passou pelo teste do bafômetro, que não apontou a presença de álcool no organismo. Apesar disso, a perícia foi chamada para examinar as condições do local e do veículo, buscando entender as circunstâncias que levaram ao acidente.

Segundo informações divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública, o caso foi registrado como atropelamento e homicídio culposo na direção de veículo automotor. Isso significa que, embora tenha resultado em morte, não houve intenção por parte da motorista. O caso agora está sendo investigado pelo 33º Distrito Policial de Pirituba.

Reflexos na comunidade

O acidente gerou grande impacto entre os moradores do Jardim Líbano. Muitos lamentaram o ocorrido e levantaram preocupações sobre a segurança das vias da região. Alguns residentes apontaram que o local onde o atropelamento aconteceu é conhecido por ter um tráfego intenso de ônibus e carros, mas carece de infraestrutura adequada para pedestres.

“É muito triste o que aconteceu. A gente anda por aqui sempre com medo, porque as ruas não têm calçada em muitos trechos, e os motoristas passam rápido. Essa tragédia poderia ter sido evitada”, comentou uma moradora que preferiu não se identificar.

A falta de infraestrutura para pedestres

Casos como esse reacendem o debate sobre a falta de infraestrutura adequada para pedestres em áreas periféricas de grandes cidades como São Paulo. Em muitas regiões, as calçadas são inexistentes ou mal conservadas, obrigando as pessoas a dividirem espaço com veículos em vias movimentadas.

Além disso, a ausência de sinalização e fiscalização contribui para aumentar os riscos. De acordo com dados recentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a capital paulista registrou um aumento no número de atropelamentos nos últimos anos, especialmente em bairros mais afastados do centro.

O que vem a seguir?

Com o caso sendo investigado, a polícia deve avaliar as imagens de câmeras de segurança da região, ouvir testemunhas e analisar o laudo pericial para determinar as responsabilidades. Enquanto isso, familiares e amigos da vítima buscam respostas e justiça diante dessa perda irreparável.

Já a motorista do ônibus, além de colaborar com as investigações, deve aguardar o andamento do processo judicial. Como o caso foi registrado como homicídio culposo, ela pode enfrentar punições que variam de multa a restrições legais, dependendo das conclusões da investigação.

Reflexão sobre o trânsito

Esse triste episódio reforça a importância de priorizar a segurança no trânsito, tanto para motoristas quanto para pedestres. Em uma cidade tão grande como São Paulo, onde o transporte público desempenha um papel central, é essencial que motoristas sejam treinados para operar com cuidado redobrado, especialmente em áreas residenciais.

Além disso, cabe às autoridades investir em melhorias na infraestrutura urbana, como a construção de calçadas seguras, instalação de faixas de pedestres e campanhas de conscientização sobre o trânsito. Só assim será possível evitar que tragédias como essa voltem a acontecer.

Enquanto as investigações prosseguem, fica o apelo por mudanças concretas que tragam mais segurança e preservem vidas, especialmente nas periferias, onde o descaso com a infraestrutura acaba custando caro para quem só quer caminhar em paz.