Padrasto revela que Larissa Manuela estava acordada e morreu no 1º golpe

Diego Antonio Sanches Magalhães, padrasto da pequena Larissa Manuela, de apenas 10 anos, confessou com detalhes chocantes o assassinato da enteada, ocorrido no dia 12 de junho, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. O crime, que gerou comoção geral, principalmente nas redes sociais, tomou um rumo ainda mais macabro após a confissão do homem, que revelou que a menina estava acordada no momento em que foi atacada com 16 facadas.

Até então, a Polícia Civil trabalhava com a possibilidade de Larissa ter sido pega de surpresa enquanto dormia. Isso porque o corpo da criança foi encontrado ao lado da cama, já sem vida, com as roupas do dia e coberta por um edredom. A cena levantou a suspeita de que ela poderia ter sido assassinada ainda no sono, sem chance alguma de reação. Mas a versão apresentada por Diego mudou tudo.

Segundo ele, tudo começou no mesmo dia do crime, quando retornava de uma visita à casa de um tio em São Sebastião, no litoral paulista. Ele sabia que Larissa estaria sozinha em casa naquela tarde — a mãe da menina, com quem ele vivia, havia saído. A porta, segundo contou, estaria apenas encostada. Ao entrar na residência, encontrou Larissa deitada na parte de baixo de um beliche, acordada.

Nesse momento, segundo consta no depoimento ao qual o portal Metrópoles teve acesso, Diego decidiu conversar com a menina sobre um assunto que já vinha martelando sua cabeça: ele queria saber se a mãe dela havia saído com outra pessoa enquanto ele estava fora. Larissa, com toda sinceridade de uma criança de dez anos, respondeu que sim — sem deixar claro se era homem ou mulher. Em seguida, segundo Diego, ela o chamou de “corno”.

A resposta, para ele, foi como gasolina no fogo. “Perdi a cabeça”, disse Diego no depoimento, afirmando que, tomado pela raiva, jogou a criança no chão. Em seguida, se dirigiu à cozinha, pegou uma faca no armário e voltou para a sala, onde cometeu o crime bárbaro.

O relato é perturbador. Diego diz acreditar que Larissa tenha morrido logo na primeira facada, porque não teria esboçado nenhuma reação. Mesmo assim, ele continuou desferindo golpes. Quando questionado pelas autoridades sobre o porquê de tantas facadas, a resposta foi vaga: ele disse que não se lembrava do motivo.

A frieza do depoimento causou revolta entre investigadores e gerou ainda mais revolta nas redes sociais. A hashtag #JustiçaPorLarissa ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter nos dias seguintes à divulgação da confissão. Grupos de moradores de Barueri também organizaram uma vigília na praça central da cidade no último fim de semana, com velas, cartazes e pedidos de endurecimento das penas para casos como esse.

Vale lembrar que a investigação continua, e a polícia ainda aguarda os laudos periciais finais para fechar o inquérito. Mesmo com a confissão, os detalhes técnicos e psicológicos do crime ainda estão sendo analisados. Diego segue preso, aguardando os próximos desdobramentos do processo.

A tragédia abalou a comunidade local, que conhecia a menina como uma criança alegre, educada e cheia de sonhos. Segundo vizinhos, Larissa costumava brincar no quintal e falava que queria ser professora “pra ensinar as pessoas a não brigarem”.

Agora, o que resta é a dor, a indignação e o clamor por justiça.