Um pai de Israel desapareceu depois de tentar resgatar sua filha em um festival. Maya conseguiu escapar de um ataque do Hamas, mas Mark Peretz não voltou.
Desde sábado, um pai de Israel está desaparecido após tomar a decisão de conduzir até um festival de música perto da fronteira com a Faixa de Gaza para resgatar sua filha. Esse evento foi um dos alvos durante a ofensiva do Hamas, que marcou o início do conflito, causando a perda de vidas de mais de mil pessoas, tanto israelenses quanto palestinas.
Conforme relatos de parentes de Mark Peretz, ele estava em uma chamada telefônica com sua filha Maya quando ouviu tiros e gritos ao fundo.
“Quando percebemos que o Hamas havia cruzado a fronteira, meu pai compreendeu que minha irmã poderia ser sequestrada em breve. Então, ele optou por pegar o carro e iniciar uma viagem em direção ao sul”, explicou Gilad, filho de Mark Peretz, em uma entrevista à emissora CNN.
Mark Peretz chegou ao local do festival por volta das 8h30 e teve sua última conversa telefônica com seu filho.
“Eu ouvi tiros, e ele tentou dizer ‘não atire neles’. Neste momento, ele pode estar sequestrado ou morto”, afirmou Gilad Peretz.
No festival, foram encontrados cerca de 260 corpos, mas Maya Peretz não estava entre eles. Ela conseguiu escapar do ataque do Hamas. Conforme informações da CNN, Maya fugiu, escondendo-se na vegetação, e mais tarde encontrou refúgio em uma delegacia de polícia antes de retornar para casa.
No sábado, dia 7, Israel foi alvo de uma ofensiva em larga escala pelo Hamas, caracterizada por mais de 2.500 foguetes e a invasão de centenas de combatentes palestinos. Esse ataque deixou o país em estado de choque, resultando em pelo menos 250 mortos e 1.590 feridos. A onda de ataques, chamada pelos palestinos de “Operação Dilúvio de al-Aqsa”, espalhou o terror por diversas cidades e localidades no sul e no centro de Israel, incluindo Jerusalém e Tel Aviv.
Cidades foram alvo de ataques de foguetes ou foram invadidas por combatentes que abriram fogo contra edifícios das forças de segurança, atacaram veículos nas estradas e fizeram reféns dezenas de civis e militares. Em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apelou aos palestinos em Gaza para evacuarem a área e fez a promessa de “destruir os esconderijos do Hamas até torná-los em ruínas.”
Após o início dos ataques, o Hamas emitiu um comunicado. Desde que o Hamas assumiu o controle em 2007, Israel, em conjunto com o Egito, impôs um rigoroso bloqueio à Faixa de Gaza, resultando em diversos conflitos entre militantes palestinos e o Estado judeu. De acordo com Hagari, os militantes permanecem nas áreas. Richard Hecht, porta-voz do Exército de Israel, durante uma coletiva de imprensa, mencionou que “centenas” de combatentes do Hamas se infiltraram no país e continuam a confrontar as forças israelenses.
Residentes de cidades próximas à fronteira relataram a emissoras de televisão que homens armados estavam realizando buscas de casa em casa, à procura de civis. Tanto o Hamas quanto a Jihad Islâmica, outro grupo militante em Gaza, emitiram declarações confirmando a detenção de israelenses como reféns.