Papa Francisco necessita de almofadas nasais para aplicação de oxigênio

O Vaticano informou, por meio de sua agência de notícias, que o papa Francisco precisou recorrer ao uso de almofadas nasais para a administração de oxigênio de alto fluxo na manhã deste domingo (23). O pontífice, de 87 anos, está hospitalizado há mais de uma semana devido a um quadro de pneumonia bilateral. Segundo a nota oficial, exames clínicos adicionais estão em andamento e um novo boletim médico será divulgado ainda nesta noite para atualizar o estado de saúde do líder da Igreja Católica.

No sábado (22), a Santa Sé já havia se pronunciado sobre a gravidade da condição do papa, afirmando que seu estado de saúde permanece crítico. De acordo com o informe, Francisco apresentou uma crise respiratória prolongada, com sintomas semelhantes aos da asma, o que levou a equipe médica a realizar transfusões de sangue como parte do tratamento. Médicos do Hospital Gemelli, em Roma, onde ele está internado, monitoram atentamente sua recuperação.

A preocupação com a saúde do pontífice se intensificou nos últimos dias, levando a mudanças na agenda do Vaticano. Algumas reuniões previamente marcadas foram canceladas, enquanto outras foram mantidas, mas com adaptações para preservar sua saúde. Francisco tem demonstrado fragilidade nos últimos anos, enfrentando problemas respiratórios recorrentes e dificuldades de locomoção, o que reforça a atenção da equipe médica.

Na tradicional oração do Angelus, transmitida neste domingo (23), o papa agradeceu as manifestações de apoio recebidas do mundo inteiro. Apesar de sua condição delicada, ele aproveitou o momento para enfatizar sua preocupação com a situação na Ucrânia, país que completa três anos sob invasão russa na próxima segunda-feira (24). Durante sua mensagem, Francisco pediu orações pela paz e pelo fim do conflito, reiterando sua posição contra a guerra e em favor da diplomacia.

Os fiéis, por sua vez, demonstram apreensão diante das notícias sobre a saúde do pontífice. Em diversas igrejas ao redor do mundo, celebrações têm incluído orações especiais pelo restabelecimento de Francisco. Em Roma, peregrinos se reúnem na Praça de São Pedro em vigílias espontâneas, segurando velas e entoando cânticos religiosos em apoio ao papa. A comunidade católica segue acompanhando atentamente cada nova atualização médica.

Além das manifestações de solidariedade vindas dos fiéis, líderes religiosos e políticos também expressaram votos de melhora. O presidente italiano, Sergio Mattarella, declarou estar acompanhando de perto a evolução do quadro de Francisco e desejou uma rápida recuperação ao líder da Igreja Católica. Da mesma forma, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que é católico praticante, mencionou o papa em um discurso recente, destacando sua importância global e sua dedicação às causas humanitárias.

Essa não é a primeira vez que a saúde de Francisco preocupa o Vaticano. Em 2021, ele passou por uma cirurgia para remover parte do cólon devido a uma inflamação intestinal, e desde então tem apresentado episódios intermitentes de cansaço e problemas respiratórios. No ano passado, precisou ser internado por causa de uma infecção pulmonar, que já havia gerado especulações sobre sua capacidade de continuar exercendo suas funções no longo prazo.

Apesar dos desafios de saúde, o pontífice segue comprometido com suas responsabilidades. Recentemente, ele reiterou sua intenção de continuar à frente da Igreja Católica, descartando qualquer possibilidade de renúncia no momento. Francisco já mencionou em entrevistas anteriores que só consideraria deixar o cargo caso sua condição o impedisse de governar a Igreja de maneira eficaz.

Enquanto o mundo aguarda novos desdobramentos sobre o estado de saúde do papa, o Vaticano mantém uma comunicação constante com a imprensa para fornecer informações atualizadas. A expectativa é que o próximo boletim médico esclareça se Francisco continuará necessitando de oxigenação suplementar e se há previsão para sua alta hospitalar.

Por ora, a recomendação médica é de repouso e acompanhamento rigoroso. O ambiente hospitalar permanece sob forte esquema de segurança, com acesso restrito apenas a membros próximos da equipe papal e médicos responsáveis pelo tratamento. Enquanto isso, os fiéis seguem orando por sua recuperação, demonstrando a forte conexão que Francisco estabeleceu com milhões de católicos ao redor do mundo desde o início de seu pontificado, em 2013.