Polícia investiga denúncia de agressão a homem com esquizofrenia na Igreja Universal; vítima morreu

Tragédia em Igreja Universal: A Morte de Giusepe Bastos e as Questões do Tratamento Psicológico

No último domingo, dia 14, uma tragédia chocou a comunidade de Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Giusepe Bastos de Souza, um jovem de apenas 31 anos, que lutava contra a esquizofrenia, foi agredido e asfixiado dentro de uma Igreja Universal. A situação, que ocorreu após um surto psicótico, levantou sérias preocupações sobre como a sociedade, e especialmente instituições como igrejas, lidam com pessoas que têm doenças mentais.

O Contexto da Doença Mental

Giusepe enfrentava a esquizofrenia, uma condição que afeta a forma como uma pessoa pensa, sente e se comporta. A família de Giusepe estava em busca de tratamento adequado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) há cinco anos. Contudo, como ele não aceitava a ideia de ser internado, a assistência necessária não pôde ser realizada de maneira forçada. Isso é uma realidade que muitas famílias enfrentam, já que o tratamento de doenças mentais no Brasil ainda é um grande desafio.

A Reação da Igreja e a Dinâmica do Incidente

Desire Bastos, irmã da vítima, relatou em uma entrevista que o tratamento de Giusepe era constantemente dificultado pela sua recusa em se submeter a internações. No dia do incidente, ele teve um surto e acabou entrando na igreja, onde, segundo relatos, ficou bastante agitado, chegando a quebrar uma porta. A reação dos membros presentes, no entanto, foi extrema. Ao invés de tentar acalmá-lo, eles optaram por imobilizá-lo, utilizando um “mata-leão”, o que resultou em sua asfixia.

Declarações e Investigações

Desire afirmou que a socorrista do SAMU que atendeu a ocorrência chegou a afirmar que Giusepe havia sido sufocado. A Fundação Saúde, responsável pela UPA Marechal Hermes, confirmou que ele chegou à unidade em estado grave e, apesar dos esforços da equipe médica, não sobreviveu. A Igreja Universal, por sua vez, alegou que o homem estava causando preocupação e que a equipe agiu para proteger os presentes, chamando as autoridades e o SAMU.

A Questão da Responsabilidade

Esse trágico incidente levanta questões importantes sobre a responsabilidade das instituições em situações envolvendo pessoas com problemas mentais. A falta de apoio adequado e a compreensão sobre como lidar com crises psiquiátricas podem levar a desfechos fatais. É fundamental que haja um maior entendimento sobre a natureza das doenças mentais, e que tanto a sociedade quanto as instituições de qualquer tipo estejam preparadas para lidar com essas situações de maneira mais humana e segura.

Reflexões Finais

O caso de Giusepe Bastos é um lembrete doloroso de que o tratamento de doenças mentais ainda enfrenta muitos obstáculos no Brasil. É crucial que a sociedade, as instituições religiosas e de saúde se unam para garantir que pessoas como Giusepe recebam a assistência que precisam, evitando que tragédias como essa se repitam. A morte dele não deve ser apenas uma estatística, mas sim um chamado à ação, para que possamos construir um sistema que respeite e cuide da saúde mental de todos os cidadãos.

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando dificuldades relacionadas à saúde mental, procure ajuda. Existem recursos disponíveis que podem fazer a diferença. E, se você se sentiu tocado por essa história, não hesite em compartilhar suas reflexões nos comentários abaixo. Juntos, podemos aumentar a conscientização e buscar uma mudança positiva.