Polícia prende suspeito pelo desaparecimento de ex-PM em Santos, SP; vítima sumiu há quase um mês

Caso de Sequestro e Desaparecimento do Ex-PM em Santos

O mistério em torno do desaparecimento de Khelvyn Barbosa da Silva, um ex-policial militar, continua a intrigar a população de Santos, São Paulo. O homem, que até então levava uma vida aparentemente normal, se envolveu em um incidente que culminou em sua prisão temporária e, posteriormente, em seu desaparecimento. Este artigo busca explorar os detalhes desse caso, que mistura crime, violência e uma série de eventos que chocaram a comunidade local.

Detenção do Suspeito

Na última quinta-feira, dia 27, um suspeito foi detido durante uma operação que contou com a colaboração do Grupo de Operações Especiais (GOE). Ele foi preso por ordem judicial, que acatou o pedido de prisão temporária devido à sua suposta ligação com o desaparecimento de Khelvyn. Durante a investigação, ficou claro que o homem havia revelado a um grupo criminoso a identidade do ex-PM, o que possivelmente levou Khelvyn a um chamado ‘tribunal do crime’. Além dele, outro suspeito, acusado de incendiar o carro de Khelvyn, teve sua prisão decretada e permanece foragido até o momento.

O Desaparecimento e o Carro Incendiado

O ex-soldado da Polícia Militar desapareceu na madrugada do dia 2 de março. Seu veículo foi encontrado incendiado na manhã do mesmo dia na Avenida Jornalista Armando Gomes, na Zona Noroeste de Santos, com dois recipientes de combustíveis próximos ao local. De acordo com o boletim de ocorrência, Khelvyn havia saído com amigos para um bar na mesma região e ficou lá até aproximadamente 4h30 da manhã. Após deixar o bar, ele foi visto pela última vez em companhia de um conhecido.

Investigando o desaparecimento, a Polícia Civil descobriu que a dupla se dirigiu a uma praça na área, onde Khelvyn estacionou seu carro enquanto o passageiro foi comprar entorpecentes. Estranhamente, ao voltar, o passageiro notou que Khelvyn tinha desaparecido. Ele, então, seguiu para a padaria onde trabalhava, mas mais tarde foi abordado por um grupo armado que questionou sua relação com o ex-PM e o manteve em cárcere por cerca de 12 horas.

Denúncia de Sequestro

Na manhã seguinte ao incêndio do veículo, por volta das 9h30, a Polícia Militar recebeu uma denúncia de sequestro. Testemunhas relataram que dois homens estavam amarrados em uma comunidade local, possivelmente em um ‘tribunal do crime’. Com o apoio das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e da Força Tática, a polícia fez uma incursão na comunidade do Mangue Seco, mas não conseguiu localizar as supostas vítimas.

Curiosamente, após a operação, uma moradora de rua confessou ter incendiado o carro de Khelvyn a pedido de um dos criminosos. Essa revelação levantou mais perguntas sobre a complexidade do caso e a possível conexão entre o ex-PM e o submundo do crime.

Histórico Criminal do Ex-PM

É interessante notar que Khelvyn já tinha um histórico de problemas com a lei. Cerca de um ano após deixar a corporação, em julho de 2024, ele foi preso por dirigir um carro que escondia um fuzil de uso restrito e munições. Na ocasião, ele e um passageiro afirmaram à polícia que não tinham conhecimento da arma, que estava escondida sob o banco do motorista. Essa situação levantou suspeitas, pois Khelvyn tinha um passado como policial e estava ciente das implicações legais relacionadas ao porte de armas.

A juíza que avaliou o caso destacou que, dada a experiência de Khelvyn como policial militar, não poderia ser plausível que ele desconhecesse a presença da arma em seu veículo. Ele foi condenado a três anos de prisão, com a pena convertida em serviços comunitários e restrições de fim de semana.

Reflexões Finais

O desaparecimento de Khelvyn é um lembrete sombrio das realidades que muitas vezes permeiam o mundo do crime e da violência. A complexidade desse caso, com suas ramificações legais e sociais, levanta questões sobre a segurança pública e a eficácia das investigações policiais. À medida que a Polícia Civil continua a investigar o caso, a comunidade de Santos aguarda respostas sobre o que realmente aconteceu com o ex-PM. É fundamental que a sociedade esteja atenta a esses eventos e que haja um chamado à ação para que casos como esse não sejam apenas mais um número nas estatísticas de violência.

Se você possui informações sobre o caso ou já passou por situações semelhantes, não hesite em compartilhar sua experiência nos comentários abaixo. Juntos, podemos trazer mais visibilidade a essas questões importantes.