Bad Bunny e a Coragem de Falar: Por Que Ele Evitou os EUA em Sua Nova Turnê
O renomado músico porto-riquenho Bad Bunny, uma das figuras mais influentes da música latina atualmente, compartilhou recentemente em uma entrevista à revista i-D seus motivos para não incluir os Estados Unidos em sua turnê de 2025-2026. Segundo ele, o medo de que o Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos Estados Unidos (ICE) realizasse buscas entre o público foi um dos principais fatores para essa decisão.
A Residência em Porto Rico
Antes de iniciar sua turnê mundial, Bad Bunny fez uma residência no Coliseu de Porto Rico José Miguel Agrelot, em San Juan. Com o título “No me quiero ir de aquí” (que em espanhol significa “Não quero ir embora daqui”), essa sequência de shows durou dois meses e teve um total de 30 apresentações. O evento atraiu inúmeras estrelas de Hollywood e se tornou um marco na música contemporânea, destacando a importância da ilha caribenha na cena musical global.
O Lançamento do Novo Álbum
Após essa residência, o artista dará continuidade à sua turnê promocional do novo álbum “Debí Tirar Más Fotos”, que se estenderá até meados de 2026. Com o nome “Debí Tirar Más Fotos World Tour”, os shows iniciarão em 21 de novembro em Santo Domingo, na República Dominicana, e terminarão em 22 de julho de 2026 em Bruxelas, na Bélgica. O tour promete passar por diversas regiões, incluindo América Latina, Europa, Ásia e Oceania, o que evidencia a crescente popularidade do músico em todo o mundo.
As Razões por Trás da Decisão
Durante a entrevista, Bad Bunny explicou que “houve muitas razões pelas quais não me apresentei nos Estados Unidos, e nenhuma delas foi por ódio; já me apresentei lá muitas vezes”. Ele reforçou que adora se conectar com os latinos que vivem nos EUA, mas, para ele, a residência em Porto Rico era uma oportunidade única. “Quando somos um território não incorporado dos Estados Unidos… as pessoas dos Estados Unidos podiam vir aqui para ver o show”, afirmou.
Ele também expressou preocupação com a presença do ICE em seus shows, dizendo que “havia a questão de que a maldita ICE poderia estar lá fora [no meu show]. Esse é um assunto sobre o qual conversamos e que nos preocupava muito”. Essa declaração ressoa com muitas pessoas que vivem sob o medo da imigração e das políticas rigorosas que muitas vezes são aplicadas.
Promovendo a Cultura Porto-Riquenha
Bad Bunny está utilizando sua música e sua plataforma para promover a cultura porto-riquenha e amplificar as vozes marginalizadas da periferia americana. Seu novo álbum e sua turnê mundial são, em muitos aspectos, uma forma de resistência e uma celebração da identidade latino-americana. Durante a campanha presidencial dos EUA em 2024, o artista não hesitou em expressar seu apoio à candidata democrata Kamala Harris, mostrando que ele não tem medo de se envolver em questões políticas que afetam sua comunidade.
Reflexões Finais
A decisão de Bad Bunny de evitar os Estados Unidos em sua nova turnê é um reflexo das complexidades da identidade cultural e política enfrentadas por muitos latinos. Em um mundo onde a música pode ser uma poderosa ferramenta de mudança, ele continua a usar sua voz para abordar questões que são importantes não apenas para ele, mas para muitos outros que se sentem invisíveis.
Esse tipo de atitude é admirável e serve como um lembrete de que, por trás do glamour da indústria musical, existem realidades que precisam ser discutidas e enfrentadas. A música é um meio de unir as pessoas, e Bad Bunny está aproveitando essa oportunidade para criar um impacto duradouro.
Chamada para Ação
O que você acha da posição de Bad Bunny em relação aos shows nos Estados Unidos e sua defesa da cultura porto-riquenha? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe suas opiniões sobre este artista que tem se mostrado tão corajoso e autêntico!