No dia 11 de outubro de 2023, o Brasil testemunhou um evento significativo, quando o primeiro voo da Força Aérea Brasileira (FAB) retornou do conflito em Israel, trazendo brasileiros que pediram para serem repatriados devido aos tumultos na região. Este voo é parte de uma operação de resgate em andamento, que visa trazer de volta ao Brasil um grande número de cidadãos que estavam em Israel, a maioria deles, aparentemente, por razões de turismo.
Neste primeiro voo, 211 passageiros foram repatriados. No entanto, de acordo com informações da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, aproximadamente 1.700 brasileiros solicitaram ajuda do governo federal para retornar ao Brasil por meio dos voos da FAB. Essa estatística reflete a preocupação desses cidadãos com a crescente instabilidade na região devido ao conflito em Israel.
O avião usado para a repatriação é um KC-30 (Airbus A330), que tem capacidade para transportar até 238 pessoas. Esse avião foi usado para transportar os brasileiros do aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv, até a Base Aérea de Brasília, na capital do país. Antes do embarque, os cidadãos foram levados de Tel Aviv para o aeroporto em cinco ônibus, garantindo a segurança e organização da operação.
A operação de repatriação está programada para continuar, com mais cinco voos da FAB previstos para os próximos dias. O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) estabeleceu que a prioridade de atendimento será para aqueles que moram no Brasil e não têm passagens aéreas compradas. Para aqueles que já possuem bilhetes ou podem adquiri-los, a recomendação é que utilizem voos comerciais para retornar ao Brasil. Essa medida visa otimizar os recursos e facilitar o retorno de todos os brasileiros que desejam voltar para casa.
Parte dos repatriados seguirá em um novo voo da FAB com destino ao Rio de Janeiro, enquanto outra parte será transportada pela empresa Azul para suas cidades de destino. A presidência da República informou que a Azul se responsabilizará por providenciar as passagens aéreas para os repatriados alcançarem seus destinos finais, e todos os custos serão cobertos pela empresa. Essa colaboração entre o governo e uma empresa privada é uma ação positiva para facilitar o retorno dos cidadãos brasileiros.
Enquanto o Brasil se mobiliza para repatriar seus cidadãos, o conflito em Israel continua. Neste quinto dia de guerra, a região testemunhou uma série de ataques na Faixa de Gaza, com mais de 280 bombardeios conduzidos pelas Forças israelenses. Esses ataques se somam a uma série de eventos preocupantes que caracterizam esse conflito em curso.
Um dos episódios notáveis foi o ataque à casa de parentes de Mohammad Deif, o comandante militar do grupo Hamas, que é uma das partes envolvidas no conflito. Esse ataque foi um ponto de virada significativo no conflito e ressalta a complexidade da situação na região. Os meios de comunicação palestinos relataram baixas, incluindo membros da família de Deif, em resultado desse ataque.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) têm direcionado seus esforços para atacar locais que consideram ser usados pelo Hamas para lançar ataques contra Israel. Isso inclui a área de al-Furqan, que foi rotulada como um “ninho de terror”. O número de alvos atingidos é significativo, e dezenas de caças participaram desses ataques, ressaltando a intensidade dos confrontos.
Outros grupos, como a Jihad Islâmica, também têm sido alvos desses ataques. A situação é volátil, com sirenes soando em áreas israelenses, alertando sobre a chegada de foguetes. O número de mortos e feridos em ambos os lados é alto, com estimativas que ultrapassam 3.500 vítimas. O conflito também levou ao sequestro de reféns pelo Hamas, tornando a situação ainda mais complicada.
O Brasil, como muitos outros países, acompanha de perto os eventos no Oriente Médio e busca garantir a segurança de seus cidadãos na região. A operação de repatriação em andamento é uma resposta direta a essas preocupações e demonstra o comprometimento do governo em assegurar o bem-estar de seus cidadãos.
No cenário internacional complexo e em constante evolução, o Brasil enfrenta o desafio de equilibrar seus interesses nacionais com suas obrigações diplomáticas e humanitárias. A repatriação dos brasileiros de Israel é um passo importante nesse processo, mas o desenrolar dos eventos na região continuará a ser uma questão de preocupação e acompanhamento cuidadoso.