Quem é jovem estudante que faleceu após superdosagem de medicamento durante crise de ansiedade

A administração do Hospital Municipal de Silvânia tomou a decisão de afastar a secretária de Saúde, o diretor médico e a coordenadora de enfermagem de suas atividades, após o óbito de uma paciente. De acordo com informações dos familiares, Vitória Cristina Queiroz dos Santos, uma estudante de administração de 21 anos, procurou atendimento no hospital devido a uma crise de ansiedade. Entretanto, houve a prescrição de medicamentos inadequados para sua condição clínica.

As substâncias utilizadas eram destinadas à entubação, não ao tratamento da ansiedade. Normalmente, esses remédios são administrados em quantidades de 1 a 1.2 microgramas por peso para entubação.

No entanto, no caso de Vitória, foram aplicadas 4 ampolas de 10 miligramas cada, totalizando 2 mil microgramas. A Polícia Civil está conduzindo uma investigação para esclarecer o incidente. O advogado Jales Gregório detalhou que a situação envolveu uma dosagem significativamente superior à necessária para a entubação.

Após a ingestão excessiva, a jovem foi conduzida a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, mais tarde, transferida para o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (Hmap), onde foi confirmado o diagnóstico de morte cerebral, como detalhado pelo advogado Jales. Ele também esclareceu que a causa inicial do falecimento foi atribuída a uma parada cardiorrespiratória.

No dia 3 de julho, por volta das 17h, Vitória foi admitida no Hospital de Silvânia. Conforme relatado pelo advogado, ela estava consciente e capaz de se comunicar. No ambiente hospitalar, o médico prescreveu a administração dos medicamentos fentanila e midazolam. A mãe, que possui formação como farmacêutica, conseguiu obter cópias das prescrições médicas e teve acesso aos registros médicos de sua filha.

Entretanto, conforme informado pelo advogado, os registros médicos do atendimento à jovem desapareceram. Essas substâncias medicamentosas têm o efeito de suprimir a atividade respiratória. O advogado também afirmou que a morte encefálica da jovem foi precipitada por uma parada cardiorrespiratória.

No mesmo dia, por volta das 23h, a jovem foi levada à UPA após esse incidente. Durante o trajeto, mais doses dos medicamentos fentanila e midazolam foram administradas, de acordo com o relato do advogado. O delegado constatou a presença de um “grave dano cerebral” na unidade de saúde.

Em relação ao dia 5 do mesmo mês, a jovem foi transferida para o Hmap. Tragicamente, foi nesse período que ocorreu o falecimento.