A cidade de Água Boa, em Minas Gerais, está em luto e revolta após a trágica morte de Yara Karolaine Martins Neves, de apenas 10 anos. O caso, que ganhou grande repercussão, teve uma reviravolta no último domingo (9/3), quando o principal suspeito, um homem de 56 anos, confessou o crime. Motorista da prefeitura da cidade, ele foi preso e agora responderá por homicídio e ocultação de cadáver.
A brutalidade do crime e a forma como tudo aconteceu têm causado indignação. Segundo o depoimento do suspeito, ele atraiu Yara com a promessa de comprar uma pizza e lhe dar R$ 50. A menina, inocente e sem desconfiar do perigo, entrou no carro municipal que ele dirigia – um dos dois veículos oficiais que foram usados para cometer o crime.
A versão do acusado é de que ele não teria abusado da criança, mas que, tomado pelo medo de que ela contasse algo à família, decidiu matá-la. Essa justificativa absurda não convenceu a polícia, que segue investigando o caso para entender toda a dinâmica do crime.
Após sua prisão, o homem foi transferido para uma penitenciária em Guanhães, onde permanecerá detido enquanto aguarda julgamento.
O Desaparecimento e a Descoberta do Corpo
O desaparecimento de Yara ocorreu na terça-feira, 4 de março, em Água Boa. Por volta das 21h45, uma amiga da vítima viu quando a menina entrou em um carro branco e, preocupada, enviou uma mensagem perguntando para onde ela estava indo. Yara respondeu apenas que iria demorar um pouco para encontrá-la. Essa foi a última vez que alguém teve notícias da criança.
Com o sumiço da menina, a Polícia Militar de Minas Gerais foi acionada e começou as buscas. A testemunha relatou aos policiais que o carro visto levando Yara seguiu em direção a Santa Maria do Suaçuí. Infelizmente, quatro dias depois, no sábado (8/3), o corpo da menina foi encontrado em São Pedro do Suaçuí.
Ela estava enrolada em um lençol, jogada dentro de uma vala em uma região de mata fechada. O local foi descoberto por um grupo de pessoas que passeava por uma cachoeira próxima. O cheiro forte chamou a atenção deles, e, ao se aproximarem, perceberam que havia um corpo. Imediatamente, a Polícia Militar foi acionada.
O cenário do crime causou grande impacto nos agentes que atenderam a ocorrência. A forma como o corpo foi abandonado reforça a frieza do assassino e a brutalidade do caso.
Repercussão e Resposta da Prefeitura
A morte de Yara abalou a comunidade de Água Boa, que se uniu em manifestações pedindo justiça. A notícia se espalhou rapidamente, gerando indignação em toda a região. A revolta foi ainda maior pelo fato de o principal suspeito ser um funcionário público, alguém que, em tese, deveria zelar pelo bem-estar da população.
Diante da comoção, a Prefeitura de Água Boa decretou três dias de luto oficial. Em nota, a administração municipal se solidarizou com a família da vítima e garantiu que está colaborando com as investigações.
“Neste momento de dor, nos solidarizamos com a família de Yara e reforçamos nosso compromisso em apoiar as autoridades para que esse crime seja esclarecido e os responsáveis punidos.”
A declaração da prefeitura reflete o sentimento geral da cidade, que espera que a justiça seja feita o mais rápido possível.
Próximos Passos da Investigação
Com a prisão do motorista e sua confissão, a polícia agora foca na análise das provas e na conclusão do inquérito. Exames periciais estão sendo realizados para esclarecer detalhes sobre a morte da menina e confirmar ou desmentir a versão do acusado.
Além disso, investigadores buscam entender se houve premeditação no crime e se o homem já tinha histórico de comportamento suspeito. A brutalidade do caso levanta a possibilidade de que ele possa ter cometido outros crimes antes.
A dor da perda de Yara é irreparável, mas a população de Água Boa e a família da menina esperam que a justiça seja implacável. A luta agora é para que casos como esse não se repitam e que criminosos sejam punidos com todo o rigor da lei.