A madrugada desta segunda-feira (17/3) foi marcada por uma tragédia na Linha Amarela, uma das principais vias expressas do Rio de Janeiro. A policial militar Carla Cristiane Teixeira Bon, de 39 anos, perdeu a vida em um acidente envolvendo uma viatura da PM e um veículo de passeio. A colisão ocorreu na altura do bairro Del Castilho, na zona norte da cidade, e mobilizou equipes de resgate e agentes de segurança.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o motorista do carro envolvido no acidente, identificado como Kayky Moyses Esposito Santos, de 21 anos, é militar do Exército e perdeu o controle da direção ao tentar desviar de outro veículo. O desvio repentino fez com que seu carro atingisse a viatura policial, que realizava um patrulhamento na região. Carla estava do lado de fora do automóvel, possivelmente em atividade de monitoramento, quando foi atropelada. Infelizmente, os ferimentos foram fatais, e ela morreu ainda no local.
Quem era Carla Cristiane
A policial militar ingressou na corporação em 2012 e, desde então, dedicava-se ao serviço de segurança pública no estado do Rio de Janeiro. Lotada na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), Carla também atuava em apoio ao Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), que realiza operações de patrulhamento e combate ao crime em rodovias e vias expressas da cidade.
A notícia de sua morte causou grande comoção entre colegas de farda e familiares. Amigos descreveram Carla como uma profissional exemplar, comprometida com seu trabalho e sempre disposta a ajudar. Além de sua trajetória na Polícia Militar, ela era mãe e deixa dois filhos.
Até o momento, não há informações oficiais sobre o horário e o local do sepultamento da policial. A corporação e familiares aguardam a finalização dos trâmites para a realização da cerimônia de despedida.
O condutor envolvido
Kayky Moyses Esposito Santos, o militar que dirigia o carro que causou o acidente, ocupa uma vaga no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) do Rio de Janeiro. No momento do acidente, sua farda estava dentro do veículo, que ficou completamente destruído com o impacto da colisão.
Após o ocorrido, ele foi socorrido e encaminhado em estado grave para o Hospital Municipal Salgado Filho, localizado no Méier, zona norte do Rio. Até o momento, não foram divulgadas informações detalhadas sobre seu estado de saúde ou se ele será responsabilizado judicialmente pelo acidente.
Impacto e investigações
A morte de Carla Cristiane reacende a discussão sobre a segurança no trânsito e os riscos enfrentados por policiais militares que atuam em patrulhamentos em vias expressas. A Linha Amarela, onde o acidente ocorreu, é uma das rodovias mais movimentadas da cidade e frequentemente registra acidentes graves devido à alta velocidade e imprudência de alguns motoristas.
A Polícia Civil já deu início às investigações para esclarecer as circunstâncias do acidente. Serão analisadas imagens de câmeras de segurança da via para entender exatamente como aconteceu a colisão e se houve excesso de velocidade ou imprudência por parte do condutor do veículo de passeio. Testemunhas também serão ouvidas para ajudar a reconstruir os momentos que antecederam a tragédia.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro emitiu uma nota oficial lamentando a perda da sargento e reforçando o compromisso com a segurança da população e de seus agentes. A corporação prestou solidariedade à família de Carla e afirmou que acompanhará as investigações para garantir que os responsáveis pelo acidente sejam devidamente responsabilizados, caso seja comprovada alguma irregularidade.
O luto da corporação
A morte de um policial em serviço é sempre um momento de luto para toda a corporação. Em grupos de colegas e nas redes sociais, diversos agentes da segurança pública prestaram homenagens a Carla, lembrando seu profissionalismo e dedicação ao trabalho.
“Perder um companheiro de farda é como perder um membro da família. Estamos todos de luto pela Carla, uma guerreira que dedicou sua vida à segurança do nosso estado”, escreveu um colega da policial em uma rede social.
A tragédia deixa uma família desolada, colegas consternados e um alerta sobre a importância da prudência no trânsito, especialmente em vias de alta velocidade como a Linha Amarela. Enquanto isso, a Polícia Civil segue apurando os detalhes do caso para esclarecer as responsabilidades e garantir justiça à memória de Carla Cristiane Teixeira Bon.