O assassinato de Fernando Villavicencio na noite de quarta-feira (09/08) em Quito tem provocado comoção na esfera política da América do Sul. Ele era um candidato à presidência do Equador.
De acordo com os relatos sobre o incidente, Fernando foi atingido por três tiros na cabeça depois de sair de um evento político. Vídeos compartilhados nas mídias sociais ilustram o ambiente de angústia que se instalou no local.
Villavivencio contava com 59 anos de idade e era um protagonista em ascensão na arena política do país. Ele se autodenominava um defensor das questões indígenas, sendo líder sindical e advogado das causas sociais e dos trabalhadores. Na esfera política, sua postura muitas vezes era associada à centro-direita.
Além de sua carreira política, Villavicencio possuía uma extensa trajetória como jornalista investigativo, destacando-se como um dos principais reveladores de casos de corrupção durante o governo do ex-presidente Rafael Correa.
Devido às suas atividades investigativas, Villavicencio enfrentou uma condenação à prisão e buscou asilo no Peru. Alegando perseguição por parte do governo Correa, ele deixou o Equador e se refugiou no exterior, mas continuou envolvido em denúncias.
O Equador está atravessando um período de instabilidade política e social, com impactos significativos para a sociedade, inclusive um aumento alarmante no número de assassinatos. O país está enfrentando problemas ligados ao narcotráfico, o qual também tem influência sobre figuras políticas de destaque.
O falecimento de Villavicencio tem causado profunda comoção tanto nacional quanto internacionalmente. O presidente atual do Equador expressou, por meio de uma declaração pública, seu compromisso de responder de maneira contundente a esse crime por parte do Estado.
“O crime organizado ultrapassou limites, mas a força da lei prevalecerá sobre eles”, afirmou Guillermo Lasso em uma mensagem pública compartilhada em sua conta na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter.