Quem era o piloto que perdeu a vida em explosão de avião em Ubatuba (SP)

O piloto que perdeu a vida na tragédia envolvendo um avião de pequeno porte que ultrapassou a pista de pouso e acabou explodindo no mar, nesta quinta-feira (9 de janeiro), em uma praia de Ubatuba, no litoral paulista, foi identificado como Paulo Seghetto.

Ele era natural de Goiânia, Goiás, e tinha uma carreira relativamente curta, mas marcada na aviação. Seghetto trabalhou pouco mais de três anos na Voepass Linhas Aéreas, que antes era conhecida como Passaredo. Começou como first officer no ERJ-145 e depois atuou como copiloto do modelo ATR-72. Segundo o que ele mesmo compartilhava em seu Facebook, Paulo estudou na escola Thomas Alberto Whatelly.

Sobre o acidente, o avião envolvido era um Cessna 525, matrícula PR-GFS. Ele saiu de Mineiros, cidade goiana, e tinha como destino Ubatuba. Infelizmente, o avião não conseguiu completar o pouso e foi parar no mar, onde explodiu. O dono da aeronave é a família do produtor rural Nelvo Fries, de acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A situação no momento do acidente não era das melhores. A Rede Voa, responsável pela concessão do Aeroporto Estadual de Ubatuba Gastão Madeira, informou que as condições climáticas na cidade estavam bem ruins. Havia chuva forte e a pista estava bem molhada, o que pode ter contribuído para a tragédia. A mistura de vento, chuva e pista escorregadia, realmente deixa qualquer pouso mais arriscado.

Esse tipo de acidente nos faz pensar no quanto a aviação pequena, apesar de ser essencial, pode ser arriscada. Eu lembro que sempre que viajo, fico com um pouco de receio ao ver aeronaves menores. A impressão que fica é que, mesmo com toda a tecnologia e sistemas de segurança, esses aviões são mais vulneráveis a imprevistos, como o que aconteceu em Ubatuba.

É claro que quem trabalha nesse meio, como o Paulo, sabe dos riscos. Todo piloto sabe que, em um momento de chuva forte ou mau tempo, as condições podem piorar rapidamente, e o que parecia ser um simples voo acaba virando uma luta contra a natureza. Às vezes, é difícil até de imaginar o que passa na cabeça do piloto em momentos de tensão.

E pensando bem, também fico imaginando o quanto a pressão para manter a segurança e realizar o voo dentro do planejado deve ser grande. A gente sabe que as condições meteorológicas são imprevisíveis, mas é necessário tentar seguir todos os procedimentos possíveis para evitar tragédias assim.

Em relação à família, é claro que o impacto deve ser enorme. Não só pela perda de Paulo, mas também pelo fato de a aeronave ser da família do produtor rural Nelvo Fries. Esse acidente vai marcar Ubatuba, principalmente para quem acompanha de perto as movimentações no aeroporto e na região.

Essas situações sempre deixam a gente com um gosto amargo na boca, principalmente porque, muitas vezes, a gente vê uma tragédia dessas como algo que poderia ser evitado. Mas ao mesmo tempo, é preciso entender que na aviação, principalmente com aviões menores, imprevistos podem acontecer de forma muito rápida, e o que era pra ser só mais um dia de trabalho vira uma dor imensa para todos os envolvidos.

Por fim, espero que as autoridades consigam entender todos os detalhes do que aconteceu e que a família de Paulo Seghetto, assim como os parentes do produtor Nelvo Fries, encontrem forças para superar esse momento tão difícil.