SBT demite funcionária com câncer e presidente do canal se manifesta: ‘Investigar’

Nesta segunda-feira, dia 6, o setor jornalístico do SBT sofreu uma nova onda de demissões, deixando muita gente surpresa. A princípio, o anúncio de que cerca de 10 profissionais foram desligados da emissora não parecia nada de mais. Entre os demitidos estava a apresentadora Márcia Dantas, uma figura conhecida ali dentro. No entanto, o que realmente chamou a atenção de todo mundo, principalmente nos bastidores da emissora, foi o caso de uma funcionária que está enfrentando um grande desafio pessoal: um câncer.

Essa história acabou gerando bastante comoção. A funcionária em questão, que trabalha na produção do SBT Brasil e também já passou pelo Primeiro Impacto, tem 48 anos e está lutando contra um adenocarcinoma de pulmão com metástase cerebral desde 2019. A situação é grave e, para piorar, essa luta contra a doença ficou ainda mais difícil depois de receber a notícia da demissão.

A jornalista, que tem o tratamento do câncer coberto pelo convênio médico da emissora, conseguiu fazer o tratamento no Hospital Sírio-Libanês, um dos melhores hospitais do Brasil. Mas o problema é que o medicamento que ela usa, chamado lorbrena, é super caro e não está disponível no SUS. Para se ter uma ideia, esse remédio custa cerca de 40 mil reais. E ele é essencial para controlar o câncer, já que sem ele a doença pode crescer novamente. Ela mesma, em entrevista, chegou a declarar: “Sem esse remédio, o câncer pode voltar. Perder o convênio é praticamente uma sentença de morte.” A situação é, sem dúvida, desesperadora.

O que muita gente não sabe é que essa funcionária não está lidando só com o câncer. Ela também enfrenta diabetes tipo 1, o que complica ainda mais seu quadro de saúde. E, como se não bastasse tudo isso, a colunista Fábia Oliveira teve acesso ao relatório médico da paciente, que confirma que a situação não é nada boa. Apesar de o tratamento ter dado uma boa resposta inicialmente, a profissional apresentou novas lesões no sistema nervoso central. O relatório mostra, portanto, que o quadro dela se agravou.

Em um momento de muita angústia, a jornalista desabafou sobre a situação. Ela afirmou que ficou apavorada com a possibilidade de perder o convênio médico, pois sem ele ela não conseguirá continuar o tratamento. “Eu pedi pelo amor de Deus para manterem o benefício, mas me disseram que a emissora não tem obrigação”, contou, visivelmente abalada. Ela ainda revelou que tem uma filha de apenas 9 anos e, com medo do futuro, a preocupação com a saúde e a continuidade do tratamento se torna ainda mais angustiante.

A situação ganhou uma proporção ainda maior quando a presidente do SBT, Daniela Beyruti, se manifestou sobre o caso. Ela afirmou que não tinha conhecimento da demissão dessa funcionária que está em tratamento. “Não estou sabendo disso. Vou investigar”, declarou a presidente, gerando uma certa expectativa sobre o que poderia ser feito para reverter essa decisão. A fala de Beyruti foi interpretada por muitos como uma tentativa de demonstrar que ela não concordava com a atitude da emissora, embora seja um assunto delicado, que envolve questões corporativas e, ao mesmo tempo, humanas.

Esse caso trouxe à tona o quanto o ambiente corporativo, mesmo em grandes empresas como o SBT, pode ser frio e desumano, principalmente quando se trata de questões de saúde. No entanto, também trouxe à tona a preocupação com o bem-estar de quem, muitas vezes, está ali se dedicando e trabalhando com tanto afinco. Em tempos de crise e decisões difíceis, como essa, é importante refletir sobre até onde a empatia e a responsabilidade social das empresas devem ir, principalmente em situações extremas como essa.