Servidor público confessa ter esganado criança de 10 anos e diz ter sido tomado pelo “Capetão”

O brutal assassinato da menina Yara Karolaine, de apenas 10 anos, causou uma onda de indignação e tristeza em São Pedro do Suaçuí, município localizado em Minas Gerais. O corpo da criança foi encontrado em uma localidade conhecida como cachoeira Pele de Gato, no sábado, dia 8 de março. Este crime horrendo foi confessado por um homem de 56 anos, que declarou à Polícia Civil ter cometido o ato repugnante de estrangulamento. Em um relato perturbador, ele alegou que foi tomado por uma entidade que chamou de “capetão” no momento do crime.

O contexto deste caso é ainda mais alarmante, considerando que ocorreu apenas algumas semanas após a trágica morte de Stefany Vitória, uma jovem de 13 anos que também foi assassinada por um pastor de 54 anos em Ribeirão das Neves, com forte ligação à região metropolitana de Belo Horizonte. Em ambos os casos, as meninas foram iludidas e atraídas para o veículo dos suspeitos, o que revela uma preocupação crescente com a segurança das crianças em diversas localidades.

Um vídeo que se espalhou nas redes sociais apresenta um trecho do depoimento do homem que confessou o crime contra Yara. Na gravação, ele menciona que havia convencido a menina a acompanhá-lo até sua residência sob a promessa de ganhar uma pizza. O réu, que é funcionário da Prefeitura de Água Boa, teria utilizado um carro oficial da prefeitura para facilitar a abordagem. Essa relação de confiança, que deveria existir entre os cidadãos e os servidores públicos, transforma-se em um pesadelo quando uma criança inocente é envolvida.

Durante seu depoimento, o suspeito alega que a menina entrou em sua casa e no carro de forma voluntária. Além disso, nega ter tido qualquer relação sexual com a vítima e afirma que seu objetivo era dar R$ 50 a ela. Contudo, fica a dúvida se a jovem estava verdadeiramente ciente dessa proposta, o que acrescenta uma camada de perplexidade a essa história trágica.

A violência, desenfreada, ocorreu depois que Yara se recusou a consentir com a proposta do homem. Ele alegou que, em um momento de pânico, temendo que a criança revelasse suas intenções à sua família, foi dominado pelo que chamou de “capetão” e, em um ato covarde, estrangulou a menina. Outro ponto perturbador é a revelação de que a vítima conhecia o agressor, pois ele teria se encontrado com a mãe dela em duas ocasiões anteriores.

Após cometer o crime hediondo, o suspeito manteve o corpo de Yara em sua residência por cerca de 30 a 40 minutos, antes de decidir se livrar do cadáver em São Pedro do Suaçuí, onde seu corpo foi descartado em uma encosta. O homem insiste que agiu sozinho e que não informou a ninguém sobre o que havia feito, o que indica um possível estado de negação ou um desvio psicológico alarmante.

A repercussão desse caso levou a Polícia Civil a solicitar a prisão preventiva do homem, que foi transferido para a cadeia de Guanhães no dia 10 de março, uma segunda-feira. Entretanto, até o momento, a Justiça não emitiu um pronunciamento oficial sobre o pedido de prisão, deixando a comunidade ansiosa por respostas e justiça em nome da inocente Yara Karolaine.

Este trágico acidente ressalta a urgência da proteção aos jovens e a necessidade de um sistema de segurança mais rigoroso, não apenas em Minas Gerais, mas em todo o Brasil. As famílias estão pedindo por medidas que garantam a segurança das crianças e um atendimento mais eficaz por parte das autoridades. A perda de vidas tão jovens é um lembrete doloroso de que devemos permanecer alertas e atentos às ameaças que cercam a infância em nossas comunidades. A luta por justiça e prevenção de tais crimes deve ser uma prioridade constante.