Submarino argentino que desapareceu em 2017 foi encontrado apenas um ano depois

 

As buscas pelo submarino “Titan” da operadora de turismo OceanGate estão em andamento nesta terça-feira (20). O submarino perdeu o contato uma hora e quarenta e cinco minutos após o mergulho no domingo (18), quando estava levando os tripulantes até os destroços do Titanic, localizados próximo à costa entre Estados Unidos e Canadá.

De acordo com informações divulgadas pela Guarda Costeira por volta das 14h desta terça-feira, o submersível ainda possui aproximadamente 40 horas de ar respirável. Espera-se que por volta das 17h, esse tempo restante seja de aproximadamente 37 a 38 horas.

Em 15 de novembro de 2017, um submarino argentino também desapareceu após perder contato com a costa durante uma viagem de Ushuaia, no extremo sul do país, até Mar del Plata, um balneário localizado a 300 quilômetros da capital Buenos Aires.

O submarino militar ARA San Juan estava com 44 tripulantes a bordo e seu último contato com as autoridades argentinas ocorreu nas proximidades do Golfo de San Jorge, pouco antes de atingir a metade do trajeto.

As operações de busca começaram às 22h do dia seguinte, em 16 de novembro de 2017. A Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira (FAB) enviaram três embarcações e duas aeronaves para auxiliar nas buscas, mas as condições climáticas adversas no local dificultaram as ações, devido às ondas com até 6 metros de altura.

Uma ampla operação internacional foi organizada para localizar o submarino, mas duas semanas após o desaparecimento, a Marinha argentina anunciou que não havia mais esperanças de encontrar qualquer um dos 44 tripulantes com vida, e as buscas foram temporariamente interrompidas.

Em setembro de 2018, o governo argentino contratou a empresa norte-americana Ocean Infinity para dar continuidade às buscas. Durante dois meses, 40 tripulantes a bordo do navio Seabed Constructor exploraram o leito do mar em busca de pistas.

Um ano após o desaparecimento, em 15 de novembro de 2018, as famílias dos 44 desaparecidos realizaram uma cerimônia para marcar o primeiro aniversário do naufrágio e exigir respostas das autoridades.

No dia seguinte, a Ocean Infinity localizou os destroços a uma profundidade de 800 metros, cerca de 600 metros da cidade de Comodoro Rivadavia, na Patagônia argentina. Essa área estava próxima ao local onde foi registrado o último contato do submarino. O ARA San Juan foi encontrado apenas algumas horas antes da empresa suspender a operação.

A Ocean Infinity cobrou US$ 7,5 milhões do governo argentino apenas pelos serviços de localização do submarino. Na época, o então ministro da Defesa do país, Oscar Aguad, afirmou que a Argentina não possuía os recursos necessários para resgatar o casco do submarino.

Destroços são do submarino desaparecido, diz imprensa britânica

Segundo informações divulgadas por fontes não oficiais à imprensa britânica, os destroços encontrados no Atlântico Norte foram confirmados como sendo do submersível que desapareceu durante uma tentativa de se aproximar dos restos do Titanic.

O jornal The Guardian relatou que um especialista em resgate afirmou à Sky News que os destroços encontrados correspondem à “estrutura de pouso” e à “tampa traseira” do submersível Titan, da empresa OceanGate.

A CNN, na imprensa norte-americana, confirmou essa informação com base em acesso a um documento confidencial. Segundo a emissora, “os destroços descobertos na área de busca do submersível desaparecido foram identificados como parte externa do submarino”. O memorando analisado pela CNN menciona que a busca pela cápsula da tripulação do navio Titan ainda está em andamento.

Na manhã desta quinta-feira (22), os destroços foram encontrados pela Guarda Costeira dos EUA.