Submarino desaparecido em expedição ao Titanic tem menos de 24 horas restantes de oxigênio

A tripulação do submarino que estava em uma expedição para explorar os destroços do Titanic enfrenta uma situação crítica, com menos de 24 horas de oxigênio disponível. O capitão Jamie Frederick, da Guarda Costeira dos Estados Unidos, estimou que o submersível possuía aproximadamente 40 horas adicionais de ar respirável por volta das 14h de terça-feira (20), horário de Brasília. Com base nessa projeção, as reservas de oxigênio devem se esgotar por volta das 6h de quinta-feira (22).

As equipes de resgate estão em uma corrida contra o tempo, intensificando seus esforços para localizar o submarino desaparecido no Oceano Atlântico, onde cinco pessoas estão a bordo, enquanto se dirigiam para explorar os destroços do transatlântico que afundou há mais de um século.

A fim de buscar a embarcação desaparecida, equipada com 96 horas de oxigênio, as Guardas Costeiras dos Estados Unidos e do Canadá coordenaram uma ampla operação de busca por ar e mar.

A operação de resgate está enfrentando diversos desafios, como a visibilidade limitada nas águas e a vasta área de investigação, que abrange uma extensão equivalente à combinação das Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo.

No domingo, a comunicação com o submarino Titan, de 6,5 metros de comprimento, foi perdida durante sua descida aos restos do famoso transatlântico, localizados a quase 4 mil metros de profundidade no meio do Atlântico Norte.

No submarino estão cinco indivíduos, incluindo Hamish Harding, um aviador britânico e milionário que preside a empresa de jatos privados Action Aviation. Também a bordo está o renomado empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, juntamente com seu filho Suleman.

Entre os passageiros encontra-se Paul-Henry Nargeolet, um experiente mergulhador e especialista nos destroços do Titanic. Embora não haja confirmação oficial, especula-se que a quinta pessoa a bordo seja Stockton Rush, o CEO da OceanGate Expeditions.

A empresa, especializada em mergulhos turísticos, cobra US$ 250 mil por assento no submarino (mais de R$ 1 milhão). O contato com a superfície foi perdido duas horas após o início da descida do submersível.

“Estamos explorando e mobilizando todas as opções para trazer a tripulação de volta com segurança. Toda a nossa atenção está voltada para a tripulação do submarino e suas famílias”, declarou a OceanGate em um comunicado.

Tanto os Estados Unidos quanto o Canadá mobilizaram suas respectivas Guardas Costeiras para participar das operações de busca do Titan. Além disso, aeronaves militares americanas foram ativadas e estão realizando buscas na área designada. O capitão James Frederick, da Guarda Costeira dos EUA, descreveu a operação como “altamente complexa” e enfatizou o esforço incansável das equipes envolvidas.