A Polícia Civil do Maranhão fez uma prisão importante nesta quinta-feira (17/4). A principal suspeita de envenenar três pessoas de uma mesma família em Imperatriz, cidade no interior do estado, foi capturada. Esse caso deixou a cidade inteira em choque. Um menino de apenas 7 anos morreu depois de comer um ovo de chocolate, que, segundo investigações, estava contaminado com veneno.
Tudo aconteceu quando, na noite de quarta-feira (16/4), o ovo de chocolate chegou à casa da família. O presente foi entregue por um motoboy e acompanhado de um bilhete que dizia: “Com amor, para Miriam Lira. Feliz Páscoa”. O pai do menino foi quem primeiro percebeu que algo estava errado e correu para prestar socorro. Ele mora em uma casa vizinha e, apesar de seus esforços para salvar a criança, o menino não resistiu e faleceu. A mãe e a irmã do garoto ficaram gravemente feridas e estão internadas na UTI do Hospital Municipal de Imperatriz.
A mulher que foi presa, de 36 anos, foi localizada em um ônibus interurbano, tentando deixar a cidade. Ela estava fugindo para longe, mas a Polícia Civil, com a ajuda do Centro de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), conseguiu localizar e prender a suspeita. A mulher é ex-namorada do atual companheiro de uma das vítimas. A polícia acredita que ela tenha agido por vingança.
A prisão aconteceu depois de uma operação conjunta que envolveu diversos órgãos da Polícia Civil. Em nota, a SSP-MA informou que a Delegacia de Homicídios de Imperatriz está cuidando da investigação e já iniciou o processo de ouvir testemunhas para esclarecer todos os detalhes do caso. A polícia também já está analisando as provas e os materiais recolhidos.
O caso gerou muita repercussão, principalmente porque o ovo de chocolate parecia ser um presente comum e, ao que tudo indica, foi usado como uma forma de cometer o crime. Além da morte do menino, a mãe e a irmã dele seguem internadas, recebendo cuidados médicos intensivos. Todos aguardam os resultados dos exames que devem confirmar o veneno usado no doce. O caso, que parecia simples, ganhou contornos de uma tragédia familiar, com um envenenamento que, até agora, ninguém sabia de onde vinha.
Os laudos periciais são essenciais para determinar o tipo exato de veneno utilizado, e esses exames estão sendo feitos no Instituto de Criminalística (ICrim). Os resultados desses laudos devem sair em breve e podem ajudar a polícia a entender melhor como o crime foi planejado. O corpo do menino já passou por necropsia no Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz, mas a causa da morte ainda está sendo analisada.
A Polícia Civil continua investigando o caso e, mesmo com a prisão da suspeita, o inquérito segue aberto. O objetivo é descobrir o que motivou esse crime terrível e se há mais pessoas envolvidas. O trabalho das autoridades segue em andamento, com o apoio da população e testemunhas que estão ajudando na elucidação do caso. Imperatriz está em choque, e todos esperam que a justiça seja feita o quanto antes.