Cintia Hilsendeger, uma amiga de Jeff Machado, compartilhou com exclusividade à nossa coluna na semana passada que um indivíduo chamado Bruno, supostamente amigo deles, teria planejado a emboscada que resultou na tragédia para o ator, alegando trabalhar na TV Globo. Agora, no último domingo (28/5), o programa Fantástico confirmou ambas as hipóteses mencionadas.
Na reportagem sobre o incidente, o programa pertencente à empresa dos Marinho exibiu imagens do suspeito, corroborou a hipótese sendo investigada pela polícia e ainda apresentou um comunicado da emissora confirmando sua relação com o caso. Segundo a declaração da TV Globo, Bruno de Souza Rodrigues foi um funcionário que integrou a equipe, mas foi desligado em 2018. Entretanto, o texto não forneceu informações adicionais sobre os motivos da demissão nem o período em que ele trabalhou lá.
No programa Fantástico, também foi concedida uma entrevista à mãe de Jeff, Maria das Dores. Ela revelou que seu filho havia dado várias quantias em dinheiro para Bruno, com a promessa de ser incluído em uma das novelas da Globo. Maria das Dores desabafou dizendo: “(Ele pagou) R$ 12 mil, depois R$ 2 mil para uma filmagem, mais R$ 2 mil por algum motivo… O sonho é algo tão poderoso dentro de você que às vezes você fica cego para a realidade.”
Em um estado de profundo abalo emocional devido à perda de seu segundo filho, ela compartilhou seu estado emocional atual, afirmando: “Não possuo mais lágrimas, apenas uma dor intensa, pois as lágrimas parecem aliviar a dor. Nem mesmo consigo chorar. Sinto uma dor física, uma dor da alma.”
Além dos depoimentos da mãe do ator, também foram ouvidos amigos que expressaram suas suspeitas sobre as trocas de mensagens com Jeff. Dona Maria, que reside em Santa Catarina, mencionou sua estranheza pelo fato de o artista ter parado de fazer ligações e passado a enviar apenas mensagens de texto.
Em seguida, ela lamentou profundamente a maneira como seu filho foi tratado, afirmando: “É cruel, macabro, enterrá-lo a dois metros de profundidade, com cimento por cima. Por que tanta maldade? É desumano uma mãe ter que viajar ao Rio de Janeiro para buscar seu filho que foi assassinado.”
A reportagem também revelou outro detalhe perturbador: Bruno ficou com o carro, as chaves da casa de Jeff e continuou a utilizar seus cartões mesmo após o desaparecimento do ator. Foi Bruno, inclusive, quem procurou a polícia para relatar o sumiço de seu então amigo. É importante ressaltar que a casa em que o corpo de Jeff foi encontrado, localizada em Campo Grande, zona oeste do Rio, havia sido alugada por Bruno um mês antes do crime.
O advogado representante da família do ator, Jairo Magalhães, confirmou a movimentação financeira suspeita, afirmando: “Mesmo com o desaparecimento, continuaram ocorrendo movimentações em suas contas.” Ele estima que os valores retirados cheguem a R$ 5 mil.
Fonte: Metrópoles
Coluna: Fabia Oliveira