Vereador sugere que autismo se cura ‘na peia’ e ‘na chibata’; vídeo

Em um discurso proferido no plenário da Câmara de Jucás, situada no interior do Ceará, o líder da casa legislativa, vereador Eúde Lucas, revelou uma notável falta de conhecimento acerca do Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição que impacta aproximadamente dois milhões de indivíduos no Brasil.

Em seu pronunciamento feito nesta quarta-feira, 20 de setembro, o legislador começou por desconsiderar as mensagens de apoio dirigidas à atriz Letícia Sabatella. No domingo, 17 de setembro, a atriz compartilhou sua experiência com o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista durante uma entrevista no programa Fantástico. Logo depois, o vereador sugeriu que a condição se cura “na peia” ou “na chibata”.

“Tem uma declaração que os artistas, os autores, sei lá… tá rondando. Eu digo ‘eu era autista’, só que meu pai tirou o autista na peia. Naquele tempo tirava autista era na chibata. Porque era um menino meio traquina”, afirmou.

Em um comunicado, Eúde Lucas esclareceu que não teve a intenção de causar ofensa, reconheceu que sua expressão foi inadequada e lamentou profundamente o mal-entendido resultante. O vereador também explicou que em seu discurso estava fazendo referência a sua própria experiência no passado, uma vez que ele mesmo recebeu esse tratamento de seu pai.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um “distúrbio que afeta o neurodesenvolvimento e se caracteriza por mudanças na comunicação, na interação social e no comportamento” em indivíduos diagnosticados com a condição.

De acordo com informações fornecidas pelo Ministério da Saúde, é frequente que indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) manifestem comportamentos repetitivos, concentração intensa em objetos específicos e limitação de interesses.

Dentro do espectro, existem pessoas com níveis leves que conseguem viver de forma independente, embora possam enfrentar desafios de adaptação discretos. Por outro lado, algumas apresentam níveis mais severos e dependem inteiramente de apoio para realizar as tarefas do dia a dia.

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