Vídeo: Fernanda Gentil desabafa sobre fracassos na Globo: ‘Sou a mais pau mandada’

Durante sua participação no programa Otalab, apresentado por Otaviano Costa no Canal UOL, Fernanda Gentili compartilhou os bastidores de sua transição da área esportiva para o entretenimento na TV. Ela relembrou os programas Se Joga e Zig Zag, que enfrentaram baixa audiência e foram considerados fracassos.

Não é possível apontar um único culpado. Seria injusto dizer que foi por causa disso ou daquilo. Existem diversos fatores envolvidos. Foi um período em que enfrentei muitas críticas em minha carreira profissional e tudo recaía sobre mim. As pessoas sempre buscam encontrar um culpado, pois essa é a dinâmica da indústria atual. As manchetes vendem ao encontrar um culpado, falar mal e atacar essa pessoa.

Fernanda também relembrou como desenvolveu uma resistência às críticas. “O primeiro momento em que fui exposta a receber críticas foi quando cumprimentei um cego durante a Copa do Mundo na África do Sul. Hoje em dia, isso nos faz rir, mas naquele momento recebi muitas críticas negativas. O comentário mais amável que li foi ‘loira burra’. Isso aconteceu em 2010, durante minha primeira Copa do Mundo.”

Eu faria tudo novamente, pois a lição fica comigo. Nunca tive pressa em alcançar o sucesso, nem no primeiro, segundo ou terceiro programa. Aqueles que desejam vencer rapidamente nunca conseguem. Eu não deixei o esporte em busca do sucesso. Se esse fosse meu objetivo, eu teria permanecido lá. No esporte, nunca fui tão grande quanto fui. O auge da minha carreira foi no esporte. Saí para buscar outras realizações, abrir novos horizontes. Fiz tudo isso naqueles tempos de entretenimento e continuo a fazê-lo até hoje.

Fernanda Gentil afirma que, apesar de não ter sido o programa originalmente planejado para ela, a convivência foi incrível. “A emissora depositou muita confiança em mim. Me deram três desafios, três programas inéditos na TV aberta. Foi uma grande demonstração de confiança. Claro que eu faria novamente, mas tentaria aprender ao longo do caminho. Faria de forma diferente. Senti falta de poder contribuir mais no processo criativo, que é algo que adoro e que me permite acrescentar algo especial. O primeiro programa, Se Joga, não estava no roteiro original. Eu não deixei o esporte por esse motivo. Saí para fazer outro programa que não se concretizou, e então surgiu o Se Joga. Há muitas coisas que eu mudaria, mas a convivência era maravilhosa. Era algo realmente incrível.”

Durante a época em que a separação de Fernandinha e Thiaguinho ocorreu, eu estava no Se Joga e envolvida com assuntos relacionados a fofocas e a vida dos famosos. Foi nesse momento que talvez eu tenha exercido um pouco mais a minha decisão, pois eu poderia ser vista como a “funcionária trouxa”. Eu poderia ser chamada assim, mas eu morreria sendo fiel à minha postura de ser alguém que segue ordens. Ao ingressar no entretenimento, me vi em um ambiente que, embora não fosse o programa inicialmente acordado, era o primeiro de uma nova área. Eu apenas respondi com um “sim, senhor”.

Ela ressaltou que, dentro da emissora, você não é dono, você está presente. “Não adianta estar lá e insistir em querer fazer tudo do seu jeito. Às vezes, você terá sucesso e outras vezes não. A estrutura é muito maior do que você. Ninguém na TV Globo é dono, apenas está presente. Era isso que eu dizia internamente. A Xuxa saiu. Quem somos nós? Brilhe durante o seu tempo, na sua jornada, e em breve siga em frente com o seu caminho.”

Veja a entrevista logo abaixo: