Shahzada Dawood e seu filho, Sulaiman, estavam a bordo de um submersível que desapareceu em 18 de junho. Eles faziam parte de uma expedição composta por outras três pessoas, com o objetivo de chegar aos destroços do Titanic.
Os destroços do navio afundado em 1912 permanecem no fundo do Oceano Atlântico, a aproximadamente 600 metros da costa do Canadá e a uma profundidade de 3,8 quilômetros. A descida até o local é desafiadora, mas a empresa OceanGate já havia realizado essa missão em outras ocasiões.
Pai e filho morreram e família postou última foto
A família do bilionário paquistanês e seu filho compartilhou uma foto dos dois momentos antes de embarcarem no submersível. Sulaiman, de apenas 19 anos, participava da expedição como uma surpresa de Dia dos Pais para Shahzada.
Na imagem divulgada nas redes sociais, eles estão sorrindo e vestindo trajes fluorescentes laranja, com capacetes. Algumas horas após o embarque no submersível, ocorreu a perda de contato com o navio responsável por transportar a embarcação aquática até o local de mergulho.

Cinco pessoas morreram em submersível
Infelizmente, os cinco ocupantes do submersível não sobreviveram e faleceram. O veículo da empresa OceanGate desapareceu em 18 de junho e, cinco dias depois, os destroços foram localizados, confirmando a perda de todos os passageiros a bordo. A pressão a quase quatro quilômetros de profundidade é extremamente alta. Shahzada, um entusiasta dos destroços do Titanic, havia pago 500 mil dólares pela viagem dele e de seu filho. É possível que os restos mortais nunca sejam encontrados.
Operador de câmera que fez mergulho teste no submarino Titan diz que “sabia 100% que isso aconteceria”
O operador de câmera Brian Weed, do programa “Expedition Unknown” do Discovery Channel, compartilhou com a Associated Press que tinha conhecimento prévio de que algo assim poderia acontecer. Ele se referia à tragédia que resultou na morte dos cinco passageiros a bordo do submarino Titan, que sofreu uma implosão.
Weed realizou um mergulho de teste no submersível Titan, da empresa OceanGate, em maio de 2021, ao largo da costa do estado de Washington, nos Estados Unidos. Ele e o restante da equipe do programa estavam se preparando para uma expedição futura até o Titanic, com o objetivo de filmar os destroços do naufrágio nos meses seguintes.
Durante o mergulho de teste, ocorreu uma falha no sistema de propulsão e os computadores deixaram de responder, resultando na interrupção da comunicação.
De acordo com o relato do operador de câmera, Stockton Rush, CEO da OceanGate e uma das vítimas fatais da expedição do Titan no mês passado, tentou reiniciar os sistemas e resolver o problema.
“Você poderia perceber que ele estava confuso e insatisfeito com o desempenho”, disse Weed à Associated Press. “Mas ele tentou minimizar a situação, dando desculpas.”
Naquela ocasião, eles estavam a apenas 30 metros de profundidade, e Weed começou a questionar: “Como esse veículo chegará a 3,8 mil metros de profundidade (onde estão os destroços do Titanic)? E nós realmente queremos estar a bordo?”
Após o cancelamento da primeira viagem, a equipe de produção do programa de televisão contratou um consultor da Marinha dos Estados Unidos para avaliar o submersível Titan. Seu relatório foi positivo, porém ele alertou que não havia pesquisa suficiente sobre o casco de fibra de carbono e seu comportamento após vários mergulhos.
Diante disso, a equipe do programa decidiu não utilizar o OceanGate para a expedição até o naufrágio.