Um laudo médico entregue pelos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe um dado que chamou atenção até de quem acompanha de longe o caso. Segundo o documento, Bolsonaro teria parado de respirar nada menos que 514 vezes durante uma única noite. Isso mesmo, mais de quinhentas pausas respiratórias enquanto dormia. O relatório aponta ainda que, desse total, 470 episódios foram classificados como apneias do sono, com duração variando entre dez e 25 segundos. As informações foram divulgadas inicialmente pela revista Veja e rapidamente ganharam repercussão política e médica.
Para quem não está acostumado com o termo, a apneia do sono é um distúrbio relativamente comum, mas que pode se tornar grave quando não tratado. Em resumo, a pessoa para de respirar por alguns segundos várias vezes ao longo da noite, sem nem perceber. Nessas pausas, o nível de oxigênio no sangue cai, o cérebro entra em estado de alerta e “acorda” rapidamente o corpo para que a respiração volte ao normal. O problema é que esse ciclo se repete dezenas ou centenas de vezes, impedindo um sono profundo e reparador.