Adolescente tira a vida dos pais e irmão, de 3 anos, por ter sido “contrariado”

Uma tragédia chocou o interior do estado do Rio de Janeiro essa semana. Um adolescente de apenas 14 anos foi apreendido pela Polícia Civil, acusado de ter assassinado os próprios pais e o irmãozinho de apenas três anos de idade. O crime aconteceu em Itaperuna, cidade localizada no Noroeste Fluminense, e veio à tona nessa quarta-feira (25), quando o menor foi levado até a delegacia e teria confessado tudo.

Segundo informações repassadas pelos agentes, o crime ocorreu no último sábado (21), mas só foi descoberto dias depois. Tudo teria começado quando o adolescente foi impedido pelos pais de ir para outro estado, onde, segundo ele, iria encontrar com alguém. Irritado com a proibição, ele acabou pegando a arma do pai — que era registrada, segundo fontes — e atirou contra os pais e o irmão enquanto dormiam.

A sequência de eventos é difícil de acreditar, até mesmo para os policiais mais experientes. Depois de cometer os assassinatos, o jovem teria enrolado os corpos e jogado todos dentro da cisterna da própria casa. O objetivo, claro, era esconder os cadáveres. O plano, no entanto, não durou muito.

Na terça-feira (24), a avó do garoto — que não sabia de nada — foi com ele até a delegacia para registrar o desaparecimento da família. Aparentemente, ele chegou a inventar uma história para justificar o sumiço dos pais e do irmão, e conseguiu convencer a avó. Mas os agentes começaram a desconfiar.

Na manhã do dia seguinte, quarta-feira, a polícia foi até a residência da família pra investigar. Lá, durante a perícia, os investigadores encontraram sinais claros de que algo estava errado. Tinha manchas de sangue no colchão do casal, roupas sujas de sangue escondidas, além de áreas da casa que pareciam ter sido queimadas — talvez na tentativa de eliminar provas.

Mas o pior ainda estava por vir. Enquanto faziam buscas pela propriedade, os policiais notaram um cheiro muito forte vindo da cisterna. Quando abriram, encontraram os corpos das vítimas lá dentro. Uma cena extremamente triste e difícil de descrever.

Depois da descoberta, o adolescente foi conduzido até a delegacia novamente. Lá, segundo relatos de quem estava presente, ele teria confessado o crime sem demonstrar muita emoção. Disse que agiu por impulso e que estava arrependido, mas não deu muitos detalhes sobre o que se passava pela cabeça dele naquele momento.

O caso rapidamente repercutiu em toda a região e nas redes sociais, causando revolta e comoção. Vizinhos e conhecidos da família disseram que o garoto sempre foi calado, mas que ninguém imaginava algo assim. A escola onde ele estudava soltou uma nota dizendo que está prestando apoio psicológico aos alunos e professores.

Agora, ele vai responder por ato infracional análogo a triplo homicídio e ocultação de cadáver. Como é menor de idade, o processo corre em segredo de justiça, e ele ficará sob custódia do sistema socioeducativo do estado.

Infelizmente, casos como esse têm se tornado mais comuns do que a gente gostaria de admitir. E sempre deixam aquela sensação amarga de impotência no ar. Até quando a violência vai continuar atingindo as famílias assim, de forma tão brutal?