Bonner e Renata surgem ao vivo e anunciam morte que provoca grande tristeza nos brasileiros

Na última sexta-feira, 4 de julho, uma tragédia marcou a vida de mais uma família brasileira. Guilherme Dias Santos, 26 anos, morreu após levar um tiro na cabeça disparado por um policial militar em São Paulo. O caso ganhou destaque no Jornal Nacional desta segunda-feira (7), sendo repercutido por William Bonner e Renata Vasconcellos com tom visivelmente abalado.

Guilherme era marceneiro e estava voltando pra casa depois de um dia comum de trabalho. Como fazia sempre, saiu da oficina, se despediu dos colegas e foi correndo em direção ao ponto de ônibus, acompanhado de dois amigos. Era fim de expediente, aquela correria de sempre — só que naquele dia, tudo virou pesadelo.

Segundo a Polícia, o PM Fábio Anderson Pereira de Almeida alegou que confundiu o jovem com um dos assaltantes que o teriam abordado minutos antes. Só que os verdadeiros criminosos já haviam fugido. Mesmo assim, Fábio sacou a arma e atirou. Guilherme caiu na hora, baleado na cabeça. Não teve nem chance de reagir — e nem motivo pra isso.

Imagens de câmeras de segurança mostram claramente os três rapazes correndo. Nenhuma arma, nenhum sinal de ameaça. No chão, ao lado do corpo de Guilherme, estavam sua carteira, celular, marmita e uma Bíblia — objetos que carregava todos os dias. Um retrato claro de um trabalhador comum, tentando só chegar em casa.

A esposa de Guilherme, Sthefanie, deu uma declaração de cortar o coração: “Ele levou o tiro pelas costas… Foi a sangue frio”. Os dois estavam planejando uma viagem pra comemorar dois anos de casamento agora em agosto. Não vai mais acontecer.

O PM foi preso inicialmente, mas liberado após pagar fiança. Foi enquadrado por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — e responderá em liberdade. A decisão gerou revolta. Muitos acreditam que o caso deveria ser tratado como homicídio doloso, já que o policial atirou sem checar a identidade da vítima. O Departamento de Homicídios segue investigando o ocorrido, e a própria PM reconheceu a gravidade do caso. O coronel Emerson Massera, porta-voz da corporação, afirmou que o agente foi afastado e, por enquanto, só atuará em funções administrativas.

Nas redes sociais, a comoção foi grande. Amigos, familiares e até desconhecidos se manifestaram com tristeza e indignação. Guilherme era descrito como trabalhador, humilde e muito ligado à fé. “Era o tipo de pessoa que ajudava todo mundo. Nunca se meteu com nada de errado”, contou um amigo da família.

Esse não é um caso isolado. O Brasil tem registrado uma série de mortes provocadas por abordagens policiais equivocadas. Em junho mesmo, um caso parecido aconteceu no Rio de Janeiro. A diferença? Lá o PM foi imediatamente afastado e o inquérito corre em sigilo.

A morte de Guilherme, infelizmente, entra pra lista de tragédias que poderiam ter sido evitadas. A família agora clama por Justiça. Querem que o responsável seja julgado com o rigor necessário pra que, quem sabe, outras famílias não passem pela mesma dor.

É mais um retrato da insegurança em que vivemos. E da falta de preparo de alguns agentes que, por erro, excesso ou despreparo, terminam ceifando vidas inocentes. Enquanto isso, segue o luto de uma esposa, de uma mãe, de amigos e colegas — todos tentando entender como um erro virou sentença de morte.