Após sete dias de intensas operações de busca, as equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC) e Polícia Científica (PCP) acompanharam o resgate do corpo do pequeno Thiago.
A descoberta ocorreu por volta do meio-dia em uma área de remanso, logo após uma área de corredeira, a aproximadamente 9 km do Parque Daisaku Ikeda, local onde a criança havia desaparecido. A tenente Luana, do Corpo de Bombeiros, relatou que a identificação foi possível por meio das vestimentas encontradas. Além disso, um detalhe crucial foi o sapatinho: um crocs azul, sendo que apenas um pé estava presente, enquanto o outro havia ficado no interior do veículo.
A tenente, que era a oficial de serviço no dia do desaparecimento e possuía informações sobre as roupas que a criança estava usando, confirmou que o corpo encontrado corresponde ao de Thiago com base nessas evidências.
A tenente Luana explicou que as investigações para determinar a causa da morte estão sendo conduzidas pelo Instituto Médico Legal (IML) e pela Polícia Científica (PCP). Foram realizadas análises, registro fotográfico da forma como o corpo foi encontrado e coleta de informações pela equipe de resgate. Agora, inicia-se o processo investigativo em colaboração com a Polícia Civil e o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), que estiveram envolvidos no caso desde o início das operações.
Devido ao tempo em que o corpo de Thiago permaneceu na água, até o momento da publicação desta reportagem, a tenente Luana mencionou que não foi possível determinar se havia ferimentos que indicassem agressão.
Durante a entrevista, a tenente destacou a importância dos cães farejadores na busca. A cadela Laica indicou a presença de água e até tentou entrar nela. Isso foi um forte indício de que a equipe deveria concentrar-se na descida do rio.
A tenente Luana também ressalta a importância do apoio da Patrulha das Águas durante as buscas. Ela menciona que o trabalho de descida realizado com os “ducks”, disponibilizados pela equipe de esportes de aventura da região, foi fundamental para realizar uma busca completa, contando com a expertise deles em navegar por águas com corredeiras, uma técnica que não é fácil. A união dessas forças resultou no sucesso em encontrar a criança e pôr fim a essa grande angústia.
Quanto ao encerramento dos trabalhos, Luana enfatiza que a equipe não descansaria até encontrar a criança.