A família de Juliana Marins já se preparou pra se despedir dela de forma digna. A jovem, que infelizmente perdeu a vida durante uma trilha em um vulcão na Indonésia, será velada na próxima sexta-feira, dia 4, a partir das 10 da manhã, no Cemitério Parque da Colina, em Niterói. Depois disso, o corpo será levado para a cremação, encerrando assim esse ciclo triste, mas necessário.
Juliana chegou de volta ao Brasil na terça-feira, dia 1º, depois que os trâmites com as autoridades indonésias foram finalizados. Assim que o corpo desembarcou, foi levado direto pro Instituto Médico Legal (IML), onde passou por uma nova necrópsia – essa a pedido da própria família, que queria ter certeza sobre a causa da morte e, principalmente, tentar entender quando exatamente a tragédia aconteceu.
O exame, realizado já na quarta, dia 2, demorou cerca de duas horas e, segundo informações repassadas por pessoas próximas, o laudo final ainda deve demorar até sete dias pra ficar pronto. Enquanto isso, os familiares receberam o corpo para poderem cuidar do velório com calma e carinho, dentro do possível.
Em conversa com a rádio CBN, Mariana Marins, irmã de Juliana, falou um pouco sobre o sentimento da família neste momento tão doloroso. Ela contou que, apesar da dor, o alívio de ter o corpo da irmã de volta ao Brasil é grande. “A gente tinha muito medo dela ficar desaparecida. É um medo que ninguém entende até passar por isso. Então, mesmo com o resgate não tendo acontecido a tempo pra salvar ela, pelo menos a gente pôde trazer Juliana de volta. Isso já é um conforto, de certa forma. Muitas famílias nem isso conseguem”, desabafou Mariana.
Ela também comentou sobre o peso que é viver com a incerteza. “Quando a pessoa fica sumida, é uma angústia que nunca acaba. As pessoas ficam vivendo naquela esperança, ou pior, naquela dúvida eterna. Saber que Juliana tá aqui, que a gente vai poder fazer esse adeus do nosso jeito, com carinho, com respeito… isso tem um valor enorme”.
A tragédia envolvendo Juliana ocorreu durante uma trilha no vulcão Marapi, que fica na região de Sumatra, na Indonésia. Segundo as autoridades locais, ela estava acompanhada de um grupo de turistas quando aconteceu um deslizamento, provocado por atividade vulcânica. Vários membros do grupo ficaram feridos, e alguns – como Juliana – infelizmente não sobreviveram.
No dia 27 de junho, o legista responsável pelo caso, Ida Bagus Alit, concedeu uma coletiva de imprensa em que explicou a causa da morte da brasileira. Segundo ele, Juliana sofreu um trauma contundente, que causou lesões internas graves e uma hemorragia fatal. O impacto teria atingido órgãos vitais, e a morte, pelas informações disponíveis até agora, foi quase imediata.
A notícia causou comoção nas redes sociais e entre amigos e conhecidos da jovem. Juliana, que tinha 27 anos, era conhecida por ser aventureira e apaixonada por natureza e viagens. Nas últimas semanas, amigos têm compartilhado memórias, fotos e homenagens à ela nas redes, mostrando o quanto ela era querida.
Agora, com o velório já marcado e os trâmites sendo concluídos, a família tenta se apegar às lembranças boas e ao carinho de quem conheceu Juliana. O adeus, apesar de dolorido, será feito com amor – exatamente como ela merecia.