Médico revela a idade exata em que você deve ‘parar permanentemente’ de beber álcool por um motivo importante

Pesquisas médicas recentes estão lançando uma nova luz sobre os impactos do álcool na saúde, especialmente em idades mais avançadas. Esse tema ganha ainda mais relevância em janeiro, um mês marcado pelo movimento “Janeiro Seco”, quando muitas pessoas escolhem reduzir ou até abandonar o consumo de bebidas alcoólicas após os excessos das festas de fim de ano.

O alerta de um especialista experiente

Entre os que defendem essa mudança de hábito está o Dr. Richard Restak, neurologista renomado de 83 anos e autor de mais de 20 livros sobre o cérebro humano. Em sua obra “The Complete Guide to Memory: The Science of Strengthening Your Mind” (“O Guia Completo da Memória: A Ciência de Fortalecer Sua Mente”, em tradução livre), ele argumenta que, ao atingir os 70 anos, é ideal parar de consumir álcool. Sua opinião não é baseada em suposições, mas em evidências científicas relacionadas à saúde cerebral.

“O álcool é uma neurotoxina muito fraca, mas mesmo assim prejudicial às células nervosas”, explica Restak. Ele destaca que, após os 65 anos, o cérebro já sofre com uma redução natural no número de neurônios, e qualquer fator que acelere esse processo pode ter consequências graves.

O impacto do álcool na memória e no cérebro

Um ponto de destaque nas pesquisas recentes é a relação entre o consumo de álcool e o declínio cognitivo. Segundo dados publicados pelo The Guardian, reduzir o consumo excessivo de álcool pode prevenir ou retardar até 40% dos casos de Alzheimer. Esse número é impressionante e reforça a importância de repensar hábitos relacionados às bebidas alcoólicas.

No livro “How To Prevent Dementia” (“Como Prevenir a Demência”, em tradução livre), o Dr. Restak convida os leitores a refletirem sobre o porquê de beberem. “Se a resposta for algo como ‘para melhorar o humor ou reduzir a ansiedade’, é um sinal de alerta. Nessas situações, parar completamente pode ser a melhor escolha”, afirma.

Riscos além da mente

Os perigos não se limitam ao cérebro. O consumo de álcool também está diretamente ligado a um aumento no risco de quedas entre os idosos, um problema sério que pode levar a complicações graves, incluindo a morte. Restak observa que as taxas de mortalidade por quedas vêm crescendo, especialmente entre homens mais velhos, e que o álcool é frequentemente um fator contribuinte.

“Depois dos 65 anos, o seu cérebro já teve mais álcool do que precisa ao longo da vida”, afirmou o médico em entrevista ao iNews. Para ele, é prudente abandonar o consumo nessa faixa etária como forma de preservar tanto a saúde física quanto a mental.

Uma tendência que ultrapassa gerações

Curiosamente, enquanto especialistas alertam sobre os riscos do álcool na terceira idade, as gerações mais jovens já estão mudando seus hábitos. Millennials e membros da Geração Z estão cada vez mais aderindo a estilos de vida sem álcool, motivados por razões de saúde, bem-estar e até influências culturais. Celebridades como o ator Tom Holland têm falado abertamente sobre suas decisões de parar de beber, ajudando a normalizar essa escolha.

Nos Estados Unidos, diretrizes oficiais continuam recomendando moderação para aqueles que optam por beber, mas a abstenção completa está ganhando força como um novo padrão de bem-estar.

Reflexão para todas as idades

Embora abandonar o álcool completamente possa não ser necessário para todos, o Dr. Restak destaca que, à medida que envelhecemos, é essencial avaliar os impactos desse hábito na saúde física e mental. Afinal, a prevenção é sempre mais eficaz do que o tratamento, e pequenas mudanças no estilo de vida podem trazer benefícios duradouros.

O “Janeiro Seco” é uma excelente oportunidade para experimentar essa mudança e observar os resultados. Seja por razões de saúde, longevidade ou simplesmente para testar novos limites pessoais, reduzir ou eliminar o álcool é uma decisão que pode ter impactos positivos em qualquer fase da vida. E, como bem lembra o Dr. Restak, nunca é tarde para começar a cuidar do que realmente importa: o seu bem-estar.