Roger Moreira, integrante da banda Ultraje a Rigor e do programa The Noite, comentou pela primeira vez sobre a denúncia de Juliana Oliveira contra Otávio Mesquita, que envolve um suposto caso de assédio ocorrido durante a gravação do talk show do SBT. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta terça-feira (6), o músico opinou sobre o caso, dizendo acreditar que a ex-colega de trabalho pode até ganhar o processo, mas que, no fim, ela “vai perder tudo”.
A acusação de Juliana é de um episódio ocorrido em 2016, onde Mesquita teria tocado em seus seios e em partes íntimas durante a gravação do programa, mesmo com sinais claros de desconforto por parte da atriz. Roger, ao comentar sobre o assunto, fez uma reflexão um tanto polêmica: “Ela realmente se incomodou na época e teve o respaldo da galera lá, mas não sei se foi desespero dela ou se alguém influenciou ela a denunciar. Isso, no meio artístico, acaba queimando geral”, disse ele.
O clima no programa Pânico ficou ainda mais tenso quando o apresentador Emílio Surita, ao comentar o caso, fez piada sobre a situação, minimizando a gravidade do ocorrido. “Não tem como fazer assédio com a câmera ligada”, afirmou. Roger também entrou no clima e fez uma provocação: “Te ofender é um crime agora? Pelo visto, as pessoas acreditam que sim”.
Além disso, o cantor e compositor do Ultraje a Rigor comentou sobre a trajetória de Juliana no SBT antes de fazer a denúncia. “Ela trabalhava lá no programa, e a gente até brincava que ela era a que tinha menos chance de ser demitida. Mas ela parou de aparecer no The Noite, e aí os outros programas dela também saíram do ar. No fim, ela ficou sem trabalho”, comentou Roger.
Emílio Surita completou, com uma visão mais prática sobre o que aconteceu com Juliana: “É natural. Quando você tá muito tempo em um elenco, todo mundo quer ter mais destaque, fazer outra coisa. Depois de dez anos, você já fica de saco cheio, querendo buscar algo novo. Mas os outros programas que ela fez não deram certo, então, quando ela resolveu ‘resolver’ tudo, aconteceu toda essa história”.
A situação foi parar na Justiça, com Otávio Mesquita defendendo-se das acusações e alegando que a interação entre ele e Juliana tinha sido previamente combinada. Mesquita, inclusive, chegou a afirmar em suas redes sociais que Juliana estava sendo manipulada por outras pessoas para fazer a denúncia. Por outro lado, Juliana manteve sua versão, dizendo que não havia consentido com os toques e que ficou claramente desconfortável durante a gravação.
O caso gerou mais polêmica quando Daniel Zukerman, também do Pânico, levantou uma questão sobre como essas acusações podem prejudicar vítimas reais de assédio: “Quando acontece um caso verdadeiro de estupro ou assédio, essas falsas acusações diminuem a seriedade do problema. Porque o Mesquita acaba sendo visto como estuprador”, comentou Zukerman.
Em fevereiro deste ano, Juliana foi demitida do SBT. Antes disso, além de trabalhar no The Noite, ela também foi repórter do Chega Mais, um programa que teve sua exibição interrompida antes de completar nove meses no ar. Isso também levantou discussões sobre sua carreira e o impacto da denúncia no seu futuro profissional.