Missão de empresários nos EUA mira audiência do USTR e contato com governo

Empresários Brasileiros em Busca de Soluções no EUA

No início do próximo mês, especificamente nos dias 3 e 4 de setembro, um grupo de empresários brasileiros vai cruzar o Atlântico com um objetivo bem definido: participar da audiência da investigação do USTR (Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos) contra o Brasil. Essa viagem é bastante significativa, pois envolve representantes de diversos setores da economia nacional, abrangendo desde o agronegócio até a indústria. O foco principal da missão é debater as altas tarifas de 50% que foram impostas sobre uma série de produtos brasileiros.

O Que Esperar da Audiência do USTR?

A audiência do USTR, agendada para o dia 3 de setembro, é vista como uma oportunidade crucial para os empresários. O governo americano está buscando embasamento para justificar essas tarifas, e a investigação está sendo conduzida em várias frentes. Entre os temas que estão sendo analisados, encontram-se questões relacionadas ao etanol, tarifas preferenciais e até mesmo o sistema de pagamentos instantâneos conhecido como Pix.

Executivos em Ação

Entre os empresários que farão parte da comitiva, destacam-se nomes como Marcos Mattos, que é o diretor-geral do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), e Paulo Roberto Pupo, superintendente da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente). Estes executivos já estão inscritos para participar da audiência e têm planos de se reunir com diferentes autoridades durante a visita.

Ainda segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), além da audiência, os executivos também têm agendados encontros com escritórios de advocacia e grupos de lobby, assim como com lideranças da US Chamber of Commerce, que é a maior entidade empresarial dos EUA. O contato direto com autoridades do governo americano é considerado de extrema importância, especialmente em um momento em que a diplomacia brasileira enfrenta dificuldades para estabelecer diálogo com os representantes do governo de Donald Trump.

Expectativas e Oportunidades

Marcos Mattos, do Cecafé, comentou à CNN que na última sexta-feira, dia 15, o setor já havia feito um contato virtual com membros do Departamento de Estado americano. A intenção agora é continuar esse diálogo de forma presencial em Washington. Ele expressou otimismo com a situação, afirmando que o Brasil pode ser uma solução para a inflação e os preços do café, que é consumido por 76% dos americanos.

Por outro lado, Fernando Pimentel, diretor superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), também estará presente na viagem e ressaltou que um dos principais objetivos é demonstrar a “boa vontade” do Brasil em negociar. Ele acredita que é fundamental mostrar que o Brasil é um parceiro confiável, especialmente considerando que o país apresenta um déficit comercial com os Estados Unidos.

Estratégias em Jogo

Uma das estratégias mais relevantes que os empresários pretendem adotar durante a viagem é a busca por novas exceções às tarifas, ampliando assim a lista de produtos que poderiam ter alíquotas reduzidas. Além disso, eles planejam apresentar propostas que alinhem os interesses do Brasil com os dos Estados Unidos, como a colaboração para a produção de SAF (combustível sintético de aviação), etanol, instalação de data centers no Brasil e exploração de minerais raros.

Quem Estará na Comitiva?

A comitiva conta com a participação de associações setoriais, federações estaduais e grandes empresas do setor. A defesa dos interesses brasileiros em Washington será liderada por Roberto Azevêdo, um diplomata de carreira e renomado negociador comercial. Azevêdo já teve experiências anteriores com Donald Trump durante seu primeiro mandato e está preparado para enfrentar os desafios atuais.

Essa viagem representa mais do que apenas uma audiência; é uma chance de fortalecer laços comerciais e buscar soluções que beneficiem tanto o Brasil quanto os Estados Unidos. Muitos esperam que essa iniciativa possa abrir portas e criar novas oportunidades para ambos os lados.

Conclusão

A viagem dos empresários brasileiros aos Estados Unidos é um marco importante na busca por soluções comerciais e por um diálogo mais aberto entre as nações. O sucesso dessa missão pode impactar positivamente a economia brasileira e estabelecer um novo capítulo nas relações bilaterais. Para acompanhar os desdobramentos dessa história, fique atento às notícias e saiba como essa interação pode moldar o futuro comercial entre o Brasil e os EUA.

Ao final da leitura, o que você acha sobre essa missão? Deixe seu comentário sobre a importância das relações comerciais internacionais e como elas podem afetar a economia local!