O que é insuficiência hepática? saiba como tratar seu fígado

A insuficiência hepática é a perda das funções do fígado de forma repentina ou gradual, resultando em sintomas como náuseas, vômitos, pele e olhos amarelados (icterícia), inchaço abdominal, perda de apetite e cansaço excessivo.

As causas da insuficiência hepática podem incluir doenças hepáticas crônicas, como cirrose ou hepatite, além do consumo frequente de bebidas alcoólicas ou o uso prolongado de certos medicamentos, como o paracetamol.

O tratamento da insuficiência hepática deve ser iniciado o mais rapidamente possível em ambiente hospitalar, sob a supervisão de especialistas como hepatologistas, gastroenterologistas ou clínicos gerais. Isso é crucial para prevenir complicações graves, como problemas de coagulação, edema cerebral ou insuficiência renal.

O tratamento pode envolver o uso de medicamentos para controlar os sintomas e tratar a causa subjacente da insuficiência hepática. Em casos mais graves, pode ser necessária a consideração de um transplante de fígado, dependendo da gravidade da condição e da resposta ao tratamento inicial.

Sintomas de insuficiência hepática
Os principais sintomas de insuficiência hepática são:

Náuseas e vômitos, que podem conter sangue;
Diarreia;
Perda do apetite ou perda de peso;
Sensação de estar cheio mesmo após uma refeição leve;
Cansaço excessivo;
Dor no lado superior direito do abdômen;
Pele e olhos amarelados, conhecido como icterícia;
Inchaço na barriga ou nas pernas
Hálito com cheiro adocicado;
Urina escura;
Fezes claras ou esbranquiçadas;
Hematomas ou sangramentos fáceis;
Coceira no corpo;
Confusão mental ou desorientação;
Sonolência excessiva;
Mal estar geral.

Os sintomas da insuficiência hepática podem se desenvolver de forma aguda, em dias ou semanas, sendo chamada de insuficiência hepática aguda ou falência hepática aguda, ou podem se desenvolver ao longo do tempo, por meses ou anos, caracterizando a insuficiência hepática crônica.

Na presença de sintomas de insuficiência hepática, é crucial buscar assistência médica imediata. Consultar um hepatologista, gastroenterologista ou procurar o pronto-socorro mais próximo é fundamental, pois a doença pode progredir rapidamente e levar a complicações graves como hemorragias, disfunção renal ou encefalopatia hepática, colocando a vida do paciente em risco.

O diagnóstico da insuficiência hepática é conduzido pelo gastroenterologista ou hepatologista. Isso envolve a avaliação dos sintomas relatados pelo paciente, como náuseas, vômitos, icterícia (coloração amarelada da pele e olhos), inchaço abdominal, entre outros. Além disso, são considerados o histórico médico do paciente, incluindo condições pré-existentes que possam afetar o fígado, como cirrose ou hepatite, e a realização de exames de sangue para avaliar a função hepática. Estes exames incluem a medição do tempo de coagulação sanguínea (INR), níveis de amônia no sangue e análise das enzimas hepáticas, como ALT, AST, GGT, fosfatase alcalina e bilirrubina. Esses procedimentos são fundamentais para determinar a extensão do comprometimento hepático e orientar o tratamento adequado conforme a causa e a gravidade da insuficiência hepática diagnosticada.

Além dos exames laboratoriais para avaliar a função hepática, o diagnóstico da insuficiência hepática pode incluir exames de imagem como ultrassom abdominal com doppler, tomografia computadorizada ou ressonância magnética do abdome, pelve, cérebro e tórax. Em alguns casos, uma biópsia hepática pode ser necessária para investigar as causas específicas da disfunção hepática.

Quando a causa da insuficiência hepática não é claramente identificada, o médico pode solicitar a dosagem dos níveis de paracetamol no sangue, exames toxicológicos para detectar substâncias que possam ser prejudiciais ao fígado, e exames sorológicos para identificar a presença de vírus relacionados à condição do paciente. Esses procedimentos são fundamentais para um diagnóstico abrangente e preciso, permitindo a implementação do tratamento mais adequado para cada situação clínica.